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Vendas por meio remoto tendem a crescer no País

Fonte Jornal do COmmercio - RJ

Para presidente da Fenaprevi, há ainda um descompasso entre o novo perfil do consumidor e a legislação, que precisa ser corrigido via modernização das regras

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) deve ampliar a lista de produtos que poderão ser comercializados por meios remotos, prática hoje liberada apenas para os microsseguros. Segundo a direção da autarquia, o microsseguro está sendo usado como uma espécie de “projeto piloto” para a adoção dessa ferramenta como canal de distribuição da atividade de seguros.

Essa possibilidade é aguardada com ansiedade por profissionais do mercado, que veem grande potencial no País para a venda de seguros por meio remoto, como também pela web. “Não tenho dúvidas de que o seguro online representará 10% do mercado em, no máximo, cinco anos”, disse, por exemplo, o consultor Rodrigo Caixeta, CEO da Smartia, empresa especializada em cotação e venda virtual de seguros.

A empresa, inclusive, projeta vender online 15 mil apólices de seguros até o final do ano e, com essa perspectiva, lançou recentemente uma ferramenta para cotação e contratação pelo Facebook. Por meio dessa interface, o cliente não precisa sair da página da rede social para fazer a consulta e, assim com mais facilidade, adquirir seguro de automóvel, segmento no qual a empresa é especializada.

Pessoas

A expectativa também é grande entre executivos de empresas que comercializam seguros de pessoas e planos de previdência complementar aberta.

O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Osvaldo do Nascimento, não esconde que o setor “tem pressa” que seja viabilizada a utilização de meios remotos na comercialização
de produtos nesse segmento. “É preciso rever essa questão para garantir a sustentabilidade do mercado de vida, por exemplo, que hoje ainda enfrenta muita burocracia”, assinalou o executivo em encontro nacional da entidade.

Para ele, a venda de seguros de pessoas por meio remoto está na ordem do dia no que se refere à necessária modernização do arcabouço regulatório. Osvaldo Nascimento alertou, inclusive, para o fato de haver um descompasso entre o novo perfil do consumidor e a legislação vigente. Isso porque, segundo ele, o consumidor atual está integralmente conectado nas plataformas digitais e a regulação não avançou nesse sentido.

Serviços

Os prestadores de serviços também festejam essa possibilidade e já desenvolvem ferramentas que podem ser utilizadas pelas seguradoras para facilitar a venda de apólices por meio remoto.

É o caso dos sócios da Conecta, especializada em soluções de tecnologia e outsourcing para o mercado de seguros, que lançaram um terminal POS para realizar a venda de seguros massificados e microsseguros. “Essa solução reduz em mais de 50% a burocracia com a contratação de serviços financeiros”, garantiu o diretor da empresa, Thiago Villa.

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