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CNseg espera que indústria de seguros cresça 5% acima do PIB

Fonte Correio Braziliense

Para o novo presidente da CNseg, é preciso que as seguradoras simplifiquem os contratos, avançando com mais agressividade nas classes C e D

Com projeções agressivas, a nova diretoria da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Complementar e Capitalização (CNseg) espera que o mercado cresça em média 5% acima do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos.

Essas estimativas se baseiam nos resultados do setor no ano passado, quando foram acumuladas reservas de acima dos R$ 500 bilhões, um valor que representa 6% das riquezas totais do país. Nos anos 1990, esse percentual não passava de 1%.

Toda essa pujança e a representatividade do setor ficaram evidentes na cerimônia de posse, na terça-feira (7/5) do novo presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, que também é presidente do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. Além de corretores e representantes do mercado, a plateia estava repleta de deputados, senadores e políticos do primeiro escalão do Executivo. Entre eles estavam o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB – AL) os ministros da Saúde, do Trabalho e Emprego, da Secretaria de Aviação Civil e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Com um mandato de três anos, Rossi acredita que o mercado de seguros se pulverizará por todas as classes brasileiras. "Vamos continuar na rota de massificação dos seguros", avaliou. No entendimento do novo presidente, é preciso manter o esforço para simplificar os contratos, avançando com mais agressividade nas classes C e D. "Apesar de todos os termos complexos, temos trabalhado para mostrar que o seguro é algo simples", insistiu ele. Antes mesmo de assumir o posto de chefe da CNseg, ele deu início a um outro trabalho que deve ser um dos pilares na nova gestão: o diálogo com o poder público.

O escritório da confederação na capital federal passou por reforma recentemente, e a estrutura deve ser ampliada ainda mais nos próximos meses. A intenção é, a partir de rodadas de negociação na Esplanada e no Palácio do Planalto, fortalecer o seguro garantia, principalmente para obras públicas. A proposta da nova diretoria é aumentar o porcentual de cobertura de 5% a 10% do valor dos projetos para 30%, podendo chegar a 45% nas construções maiores. Satisfeito com a interação do governo com o setor, Rossi defendeu que as seguradoras têm condições de assumir os riscos.

Embora avanços sejam inquestionáveis, o consumo de seguros no Brasil ainda deixa o país em 15ª lugar no ranking mundial do setor. "A penetração ainda é muito aquém da capacidade das empresas", avaliou Rossi, ao apresentar os seguros como importante instrumento de poupança de longo prazo. De acordo com a CNseg, o mercado emprega atualmente cerca de 100 mil pessoas diretamente, sendo 40 mil funcionários das seguradoras e 60 mil corretores. "Atuamos de maneira complementar onde o Estado não tem condições de dar cobertura total", enalteceu Rossi.

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