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Novo presidente da CNseg diz que seguradoras devem mirar classes C e D

Fonte: Correio Braziliense
 
 
 
Marco Antonio Rossi diz que confederação irá continuar na rota de massificação dos seguros 

Após diversificar o portfólio de produtos nas duas últimas décadas, a indústria brasileira de seguros passou a ocupar espaços importantes na dinâmica econômica do país e no orçamento das famílias. Com uma reserva acima dos R$ 500 bilhões, os contratos de indenizações representaram, em 2012, o equivalente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos anos 1990, esse percentual não passava de 1%. Ao assumir a presidência da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Complementar e Capitalização (CNseg) nesta terça-feira (7), em Brasília, Marco Antonio Rossi reforçou o objetivo de dar continuidade à popularização do setor.

Para o mandato de três anos, Rossi estima uma expansão anual do mercado de 5% acima do crescimento do país. "Vamos continuar na rota de massificação dos seguros", afirmou ele, durante almoço com a imprensa, horas antes de tomar posse. No entendimento do novo presidente, é preciso manter o esforço para simplificar os contratos, avançando com mais agressividade nas classes C e D. "Apesar de todos os termos complexos, temos trabalhado para mostrar que o seguro é algo simples", insistiu Rossi, presidente da Bradesco Seguros, que substitui Jorge Hilário Gouvêa Vieira no cargo máxima da entidade. As eleições ocorreram em 19 de março, com somente uma chapa inscrita.

Antes mesmo de assumir a CNseg oficialmente, Rossi deu início a um outro trabalho que deve marcar sua gestão: o diálogo com o poder público. O escritório da confederação na capital federal passou por reforma recentemente, e a estrutura deve ser ampliada ainda mais nos próximos meses. A intenção é, a partir de rodadas de negociação na Esplanada e no Palácio do Planalto, fortalecer o seguro garantia, principalmente para obras públicas. A proposta da nova diretoria é aumentar o porcentual de cobertura de 5% a 10% do valor dos projetos para 30%, podendo chegar a 45% nas construções maiores. Satisfeito com a interação do governo com o setor, Rossi defendeu que as seguradoras têm condições de assumir os riscos.

Embora avanços sejam inquestionáveis, o consumo de seguros no Brasil ainda deixa o país em 15ª lugar no ranking mundial do setor. "A penetração ainda é muito aquém da capacidade das empresas", avaliou Rossi, ao apresentar os seguros como importante instrumento de poupança de longo prazo. De acordo com a CNseg, o mercado emprega atualmente cerca de 100 mil pessoas diretamente, sendo 40 mil funcionários das seguradoras e 60 mil corretores. "Atuamos de maneira complementar onde o Estado não tem condições de dar cobertura total", enalteceu Rossi. A cerimônia de posse do novo presidente está prevista para a noite desta terça-feira, com a presença das principais lideranças do setor.

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