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“Somos os grandes líderes do mercado”, diz presidente do BB Seguridade

Fonte: Jornal do Brasil


Empresa começou na bolsa valendo R$ 34 bilhões. Lucro líquido foi de R$ 473 milhões

Henrique de AlmeidaJornal do Brasil

O ramo de seguros no Brasil, desde abril de 2013, tem um desafiante pesado contra os gigantes do setor: O Banco do Brasil Seguridade, que está agora no mercado prometendo atuar em todos os setores do ramo de seguros, e em todos os municípios, aproveitando-se da grande área de atuação do Banco do Brasil, mesmo sendo uma empresa de capital misto. 

O presidente do Banco do Brasil Seguridade, Marcelo Labuto, nomeado CEO do conglomerado em março de 2013, explicou a área de atuação da empresa:

“A abrangência da nossa empresa é nacional, em todos os municípios, praticamente todos os ramos de negócio: ramo de vida, seguros rurais, dano, patrimônio, previdência, corretagem. Estamos em vias de abrir atuação no ramo de seguro odontológico , realizando estudos para entrar neste segmento. Queremos explorar todas as possibilidades devido à baixa penetração do mercado de seguros no Brasil, algo em torno de 3,2% do PIB contra 6,0% da média mundial e em especial, na base de clientes do BB”, disse Labuto, demonstrando muito confiança ao afirmar que “Estamos falando da maior corretora da América latina”.

Segundo Labuto, a empresa decidiu entrar no ramo de seguros por considerar que, no entendimento do Banco do Brasil, algumas ações não eram “precificadas” da forma mais adequada. “Ao segregarmos a nossa linha de atuação , demonstramos para o mercado o potencial desse negócio que corre dentro dos canais de distribuição. O investidor, seja ele internacional ou nacional, verificou o potencial  de crescimento dessa linha de atuação e comprou fortemente”, explica o CEO. 

A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa captou R$ 11,4 Bilhões, sendo o maior IPO desde os R$ 14 bilhões do Grupo Santander, em 2009.

Com ação cotada a R$ 17, foram vendidas 675 milhões de ações. O BB Seguridade fez sua estréia na bolsa, em 29 de abril de 2013, valendo R$ 34 bilhões.  

A empresa reportou lucro líquido de R$ 473 milhões, o que representou um retorno sobre o patrimônio de 36,2%. 

MP dos Portos e os seguros de carga

A aprovação da Medida Provisória dos Portos é um marco também para o mercado de seguros. Segundo Labuto, o impacto favorecerá e muito a nova empresa:

"Em relação à MP dos Portos, entendemos que seja positiva, uma vez que os investimentos previstos, da ordem de 55 bilhões, nos próximos anos, serão acompanhados de uma considerável demanda por seguros de grandes riscos. Estimamos que serão gerados cerca de R$ 300 milhões em prêmios desses seguros. Além disso, o investimento na modernização da estrutura portuária favorecerá a competição, a redução dos custos e a melhoria dos serviços prestados, o que resulta na mitigação dos riscos envolvidos nas atividades, fato que é benéfico para o mercado", analisou o CEO, que fez um diagnóstico também do mercado de seguros de carga:

"Hoje, o mercado brasileiro de seguros de transportes de carga gera, anualmente, um volume de prêmios da ordem de 2,4 bilhões. A participação do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre (empresa participada da BB Seguridade) nesse mercado é de cerca de 15%, figurando como líder nesse ramo", enumerou Labuto.

O texto da MP dos Portos foi sancionado com 13 vetos. Um deles estabelecia prorrogação automática dos novos contratos de concessão e arrendamento de terminais em portos públicos. O objetivo do Governo com a medida, aprovada na Câmara e no Senado pouco antes da perda de sua validade, é modernizar os terminais e melhorar os níveis de competitividade da economia brasileira.

Capital de formação

A BB Seguridade tem um capital social de R$ 5,65 bilhões (março/2013) e um patrimônio líquido de R$ 6,12 bilhões. Atualmente o BB possui 66,25% das ações da BB Seguridade, e os 33,75% restantes encontram-se em free float no mercado. 

CEO do novo conglomerado está confiante: “É a maior corretora da América latina”
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 Para justificar esta opção mercadológica, Labuto afirma que, além de considerar que o mercado não valorizava tanto o Banco do Brasil, o conglomerado e o mercado ganham em transparência e governança: 

 “Ao segregar e se colocar uma equipe específica, profissionalizada, você tende a ter benefícios que não tinha quando estava em todo o conglomerado, ainda mais quando faz parte do novo mercado. O mercado hoje exige muito mais condições de governança, transparência,  e você pode demonstrar seus objetivos de melhor forma. O próprio mercado cobra o desempenho dimensionado, além de realizar um constante acompanhamento do desempenho que justifique o preço pago” analisou Labuto. 

“Temos hoje uma companhia muito ampla, liderança em praticamente todos os segmentos, e é um trabalho que já vinha sendo realizado pela Diretoria de seguros previdência e capitalização até o ano passado. Estamos muito confiantes”, finalizou.

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