Mercado de Seguros nos Estados Unidos em 2012
Fonte Francisco Galiza
Comentário Econômico n∘ 193
Iniciado em 2010, o objetivo principal da seção “Comentários
Econômicos” é realizar a análise de alguma publicação ou fato – nacional
ou internacional – que tenha relação (direta ou indireta) com o mercado
de seguros.
Aqui, os comentários anteriores: http://www.ratingdeseguros.com.br/comentarioseconomicos.htm.
Ver também a coluna “Economia do Seguro” no Sindicato das Seguradoras de São Paulo: http://www.sindsegsp.org.br.
Prezados Senhores,
Para conhecimento e para pensar...
O “Federal Insurance Office” foi um organismo criado em 2010 pelo
Governo Obama, a partir da nova legislação que reformou e aprimorou os
controles financeiros daquele país. Subordinado ao Departamento do
Tesouro, dentre as suas inúmeras obrigações, o monitoramento da
indústria de seguros, com a identificação de lacunas na regulação que
poderiam contribuir para outras crises financeiras, a coordenação dos
assuntos internacionais de seguros, etc.
Nesse mês de junho, ele divulgou o seu Relatório Anual com os dados desse mercado no ano de 2012.
Ver...
Repleto de estatísticas, uma boa referência quando se compara com os dados do Brasil.
Alguns números de 2012.
• O
segmento faturou US$ 1,1 trilhão (US$ 645 bilhões em Vida e Saúde, US$
460 bilhões em Ramos Elementares), ou 7% do PIB daquele país.
• Todo o setor tem US$ 7,3 trilhões em ativos.
• As seguradoras, corretoras e agentes empregam de forma direta, aproximadamente, 4,6 milhões de pessoas.
• Existiam 3.700 seguradoras naquele país (1.000 de Vida e Saúde; 2.700 no segmento de Ramos Elementares).
• Nas
seguradoras de Vida e Saúde, em termos médios e em valores anualizados, a
taxa de rentabilidade das aplicações dos investimentos foi de 4,9%, a
rentabilidade sobre o patrimônio líquido (LL/PL) de 12,8% e a relação
Ativo/Patrimônio Líquido (A/PL) de 10,9.
• Nas
seguradoras de Ramos Elementares, em termos médios e em valores
anualizados, a taxa de rentabilidade das aplicações dos investimentos
foi de 3,7%, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (LL/PL) de 6,5% e
a relação Prêmios Retidos/Patrimônio Líquido (PR/PL) de 0,8.
• Na
análise da distribuição, o estudo destaca a venda de produtos por
internet. Atualmente, 34% das compras de seguros de automóvel ocorrem
por esse meio. Já em termos de seguro de vida, há uma estatística
interessante: 48% dos segurados pesquisam na internet e compram de um
agente/corretor; 23% pesquisam e compram pela internet; 15% pesquisam
pela internet e compram por telefone ou e-mail; 14% não usam a internet
para as suas compras.
Abaixo, a receita das maiores corretoras de seguros nos EUA em 2011.
Por fim, no estudo, são avaliadas também as tendências futuras para o segmento:
• Cenário com baixa taxa de juros
• Aumento das catástrofes naturais
• Envelhecimento da população nos EUA
• Potencial de crescimento do seguro nos países emergentes (tema esse que nos interessa diretamente!).
Cordialmente,
Francisco Galiza.
http://www.ratingdeseguros.com.br/
http://twitter.com/ratingdeseguros
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