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Transformar dados em informação é desafio para setor de seguros

Fonte Information Week

Desafio do setor de seguros é analisar o volume de dados disponíveis em databases e cruzá-los com conteúdo de mídias digitais, para produzir informação e melhorar atendimento ao cliente

O CIO do setor de seguros enfrenta a difícil missão de transformar dados em informações para melhorar a oferta de produtos e os canais de relacionamento com o cliente, fundamentais na estrutura de negócio para expandir as operações. Os desafios da TI entre seguradoras foi tema de painel nesta quinta-feira, 13, no Ciab Febraban 2013, evento de tecnologia para a área financeira que acontece nesta semana, em São Paulo.

Para o presidente do Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, as empresas devem se estruturar para transformar a estratégia em realidade porque as ferramentas e os dados estão disponíveis na atual configuração do negócio. “O desafio é que, além de entregar as demandas do dia a dia, ligadas a questões regulatórias e a manutenção das operações, precisamos pedir para a TI computar e analisar dados de mídias sociais, banco de dados, cadastros e serviços. O desafio é que as empresas se preparem para isso”, expõe.

A área de seguros do Bradesco utiliza um formulário online para análise de crédito, sobre a qual os próprios usuários preenchem seus cadastros e, assim, a companhia desenha uma oferta própria para este público. Para Rossi, as mídias sociais são o próximo passo para se chegar a novos clientes. “Apenas 10% da população possui seguro residencial e 7% tem seguro dentário. Sem dúvida os canais digitais são a oportunidade para alcançar esse enorme mercado, ainda descoberto, principalmente as classes mais baixas”, detalha. Por isso, mesmo sem previsão, há a intenção de levar alguns serviços para canais de relacionamento como Facebook, que hoje atuam como mecanismo de informação, especialmente para esclarecer o complexo universo de conceitos das seguradoras.

Para a Mapfre, uma das saídas encontradas foi a união da área de tecnologia e inovação. O presidente da companhia para o Brasil, Vicente Fernandez Tardón, explica que o mesmo executivo acumula o cargo de secretário do comitê de inovação e diretor de tecnologia, para a TI atuar de maneira integrada ao negócio como um todo.

Tardón expõe que o universo digital, embora permita a análise do comportamento do cliente e expanda opções de relacionamento, ainda não encontrou como integrar as informações de maneira adequada. “Uma mesma pessoa pode ser CEO de uma grande companhia, torcedor de um time de futebol e membro de uma igreja. Como, por qual canal e qual a oferta irei oferecer para ele é uma grande dificuldade”, resume.

Ambos os especialistas concordam que a tecnologia já mune as companhias para atender as classes de menor renda, hoje ainda excluídas do mercado de seguros. O mesmo ocorre com as pequenas e médias companhias. “Nas PMEs, há muita diferença em termos de quantidade de empresas existentes e o nível de proteção a seus funcionários, seja na área de saúde ou de patrimônio. Isso demonstra o tanto que temos pra crescer, oportunidade que temos de desenvolvimento e desafio da TI como oportunidade do setor de seguros”, conclui Rossi.

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