Breaking News

União deve ficar com 25% do IRB Brasil

Fonte Valor Econômico

Por De São Paulo

Após a conclusão do processo de desestatização do IRB-Brasil Re, a União deve ficar com uma participação entre 25% e 28% da maior resseguradora do país, segundo Marcelo Augusto Dutra Labuto, diretor-presidente da BB Seguridade, empresa que agora participa do bloco de controle do IRB.

Na semana passada, as seguradoras de Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, além do Fundo de Investimento em Participações Caixa Barcelona e a União Federal, assinaram acordo de acionistas do novo bloco de controle da resseguradora. Em paralelo, a BB Seguridade (por meio da subsidiária BB Seguros) e a União assinaram contrato de transferência de ações, em que o governo vende o equivalente a 21,24% do capital total do IRB para o braço de seguros do BB.

O processo de desestatização também inclui um aumento de capital, que depende de assembleia de acionistas, em que a União renunciará ao direito de preferência. A fatia final do governo vai depender de quanto os outros acionistas vão exercer do aumento de capital.

As seguradoras do Banco do Brasil e do Bradesco já informaram que não vão exercer seus direitos de subscrição, tendo suas participações diluídas para 20,42% cada uma ao fim do processo. Já o Itaú vai desembolsar R$ 2,3 milhões no aumento de capital para manter fatia de 15%. O IRB tem outras seguradoras como sócias minoritárias fora do bloco de controle que poderão aumentar suas participações na operação.

Segundo Labuto, o BB não vai participar do aumento de capital para que seja possível montar um modelo de gestão equilibrado entre os acionistas controladores. "Isso fez parte da negociação [do acordo de acionistas], para que os sócios fossem paritários e tivessem um modelo compartilhado [de gestão]", disse. "Por esses motivos, a BB Seguros e outros acionistas não vão exercer o direito de subscrição no aumento de capital."

A União continuará a indicar o presidente do conselho de administração, que é composto por cinco membros. Os outros acionistas do bloco de controle terão um assento cada.

A reestruturação societária do IRB já foi aprovada pelo Conselho Administrativo da Defesa Econômica (Cade) e agora só precisa do aval do Tribunal de Contas da União (TCU) e posterior aprovação do aumento de capital pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Com a entrada no bloco de controle do IRB, o Banco do Brasil ingressa em uma área em que ainda não tinha atuação, a de resseguros. A única área de seguros em que o banco ainda não atua é a de saúde, o que deve mudar no segundo semestre. A BB Seguridade vai distribuir planos de saúde por meio da BB Corretora. "Avaliamos esse negócio [saúde] sob outra ótica. Não queremos trabalhar com o risco do produto, queremos distribuir por meio da nossa perna de corretor", diz Labuto.

Um projeto piloto está em andamento para decidir qual seria a melhor forma de distribuição e já há tratativas com possíveis parceiros no negócio. O Banco do Brasil saiu do negócio de planos de saúde quando encerrou a parceria que tinha com a SulAmérica em 2010. O banco ficou com a carteira de seguro de veículos e a SulAmérica ficou com a carteira de saúde. (TF)


Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario