Breaking News

Garantia estendida será regulamentada pelo Ministério Público

Fonte: Revista Cobertura
 
Dentro de dois meses o Grupo de Trabalho (GT) Sistema Financeiro Nacional, da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF) irá se manifestar conclusivamente sobre a proposta de resolução da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para regulamentar a venda da garantia estendida em lojas de eletrodomésticos.

Atualmente, o vendedor da loja de eletrodomésticos oferece a garantia estendida ao consumidor como forma de negociar o valor do produto e ter direito a uma parte em comissão. O problema é que o consumidor não recebe as informações adequadas sobre o seguro que está adquirindo, tais como o tipo de cobertura e as vantagens, e não é informado que pode adquirir a garantia estendida a qualquer momento a partir da compra. Além disso, o comprador nunca sabe a quem recorrer quando precisa da garantia estendida.

Mesmo com Código de Defesa do Consumidor já prevendo algumas garantias ao consumidor nesse tipo de compra, o chefe de gabinete da Susep, Antônio Carlos Fonseca manifestou algumas preocupações com a oferta do seguro. Segundo ele, existe uma crença generalizada de que os produtos e serviços no Brasil são de baixa qualidade, e o aumento nesse quesito exigiria mais investimentos por parte dos fabricantes, que sempre alegam que qualquer acréscimo de preços agravaria a já baixa competitividade dos seus produtos.

Ele adverte que existe um temor de que o seguro de garantia estendida se transforme num desestímulo aos fabricantes de melhorar a qualidade dos seus produtos. Em sua opinião, seria legítimo que o fabricante quisesse transferir parte dos riscos advindos de defeitos em seus produtos para as seguradoras, mas o coordenador da 3ª Câmara, Antonio Fonseca, acredita que essa deveria ser uma operação do empresário, que teria condições de negociar em volume, em vez de ser repassada ao consumidor na forma como tem sido feita.

De acordo com a Susep, o seguro é muito mais caro do que seria se fosse vendido por uma corretora de seguros e, por isso, não existe interesse por parte dos corretores, que teriam direito a uma comissão baixa. Cerca de 2,5 milhões de lojas comercializam a garantia estendida atualmente e existem 45 mil corretores para todos os tipos de seguro, o que não seria suficiente para atender a demanda.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario