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43 milhões de brasileiros estarão expostos a riscos de inundação em 2030

Fonte: CNSeg
 
É provável que a população brasileira exposta ao risco de inundações aumente de 33 milhões de pessoas para 43 milhões em 2030, segundo estudo da Swiss Re, que realiza hoje, dia 20 e agosto, o seminário “Riscos de Inundação no Brasil: Impactos no Mercado Segurador, Governo e Sociedade”. Cerca de 100 executivos estão presentes no auditório do Hotel Intercontinental, em São Paulo, para acompanhar um dia todo de palestras proferidas pelos especialistas da Swiss Re, do Banco Mundial, da CNseg e de entidades governamentais.
 
“Agradeço o apoio da CNseg, que nos ajuda a difundiar a preocupação mundial da indústria de seguros no Brasil. Ontem, por exemplo, as Filipinas estavam embaixo d’àgua. O mundo está mudando e o Brasil está inserido neste contexto”, disse Margo Black, head de Resseguros para América Latina Sul e presidente da Swiss Re Brasil, em seu discurso de abertura do evento.

Maria Elena Bidino, superintendente de Relações Institucionais da CNseg, destacou a missão das empresas do setor de seguros no apoio para a redução dos riscos dos indivíduos, sociedade e governos. “Como subscritores de riscos, podemos ajudar a mitigar perdas econômicas e de vidas. A CNseg tem a missão indutora nesse sentido. “Convido todos vocês a visitarem nosso portal, repleto de estudos e artigos sobre sustentabilidade. Um dos estudos enfatiza tudo o que o setor pode fazer para ajudar clientes, bem como a sociedade, a reduzirem as perdas do planeta”, disse no painel da abertura do evento.
 
Marcos Barros, superintendente geral da Central de Serviços e Proteção ao Seguro da CNseg, afirmou que os riscos de inundação são um assunto muito sério. "Temos de ter um olhar mais focado no nosso dia a dia, mesmo em pequenas coisas, para contribuir com a sustentabilidade do planeta", comentou. Segundo ele, um mercado que arrecadou quase R$ 300 bilhões em 2012 tem uma grande força para ajudar a mudar processos e fazer parcerias para mitigação de riscos.

Segundo estudo da Swiss Re, está previsto que as perdas anuais no Brasil aumentem de US$ 1,4 bilhão para US$ 4 bilhões no mesmo período. Medidas de prevenção, adaptação e transferência de riscos podem permitir que o Brasil evite percalços em seu desenvolvimento socioeconômico. Juntamente com os deslizamentos de terras, o transbordamento dos rios e as inundações repentinas são os desastres naturais mais frequentes e custosos no Brasil. Entre 2000 e 2010, eles causaram uma média de 120 mortes e perdas econômicas de US$ 250 milhões ao ano. Nos últimos três anos, há uma tendência clara de aumento das perdas. Em 2010, ocorreram 450 mortes e prejuízos de US$ 950 milhões. Segundo o estudo, medidas simples de prevenção poderiam reduzir as perdas e a carga sobre os orçamentos. Estima-se que se os códigos de edificações exigissem a impermeabilização de aberturas no piso térreo seriam evitadas perdas de até US$ 772 milhões em 2030. Um sistema planejado de alerta antecipado e campanhas de conscientização também poderiam salvar muitas vidas.
 

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