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Brasileiro investe mais em proteção pessoal

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Seguradoras captam R$ 10,3 bilhões em cinco meses na carteira de pessoas, alta de 17,1%; seguros de viagem, auxílio funeral e prestamista são os destaques do período
 
O brasileiro, pessoa física e jurídica, está gastando R$ 100,6 milhões ao dia (útil) na compra apenas de seguros de pessoas, nas suas variadas modalidades. A conta limita-se apenas aos cinco primeiros meses do ano, quando as seguradoras captaram no segmento receita da ordem de R$ 10,3 bilhões, 17,1% a mais do que de janeiro a maio de 2012, período em que o consumidor injetou diariamente no sistema R$ 84,2 milhões, que, somados, atingiram R$ 8,8 bilhões ao fim do quinto mês do ano. Excluídos os planos VGBL, que têm caráter previdenciário, dados recém-divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) mostram, na ponta inversa, ou seja, no lado dos sinistros, que o setor de seguros de pessoas devolveu ao consumidor, também nos cinco meses iniciais do ano, R$ 25,7 milhões ao dia (útil), totalizando R$ 2,6 bilhões, alta de 8,3%. Um ano atrás, as indenizações pagas diariamente ficaram em R$ 23,2 milhões, alcançando R$ 2,4 bilhões em 31 de maio.

Na avaliação do presidente da Fenaprevi, Osvaldo do Nascimento, há potencial para o ramo de pessoas crescer mais nos próximos anos, até porque a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, atualmente na faixa de 4%, está bem abaixo do patamar conquistado em outros países. “Na Índia, a participação vai a 8%. É possível, então, dobrarmos a parcela desse segmento no PIB”, acredita o executivo.

Destinado a cobrir acidentes, extravio ou perda de bagagens, despesas hospitalares e médicas de viajantes, em deslocamentos no Brasil e no exterior, o seguro de viagem foi o carro- chefe em crescimento nos cinco primeiros meses do ano, com receita de R$ 35,2 milhões, montante 63,8% maior que o verificado de janeiro a maio do exercício anterior, acumulado em R$ 21,5 milhões.

De acordo com levantamento da Fenaprevi, o auxílio funeral, que prevê cobertura das despesas com o sepultamento, em caso de falecimento do segurado, foi o segundo colocado em desempenho no acumulado de janeiro a maio deste ano. O ramo girou R$ 103,2 milhões, apresentando expansão de
58,3%. No acumulado até maio do ano passado, essa modalidade de seguro fechou com faturamento de R$ 65,2 milhões.

Vigor

O seguro de vida (individual e em grupo) seguiu como produto de maior participação no segmento de pessoas, 44% do total, com receita de R$ 4,5 bilhões até maio, avanço de 15,6% sobre idêntico período do exercício anterior. O seguro de acidentes pessoais, por sua vez, somou R$ 1,9 bilhão, apresentando aumento de 8,6%, contra R$ 1,7 bilhão faturados no mesmo período de 2012.

Os números mostram ainda outro bom desempenho na carteira de pessoas nos cinco primeiros meses do ano: o do seguro prestamista, utilizado para amortizar dívida contraída pelo segurado no consumo de bens, em casos de morte, invalidez e até desemprego. O crescimento do produto foi de 28,1%, com o faturamento pulando de R$ 2,1 bilhões para R$ 2,7 bilhões entre os períodos comparados.

Para Osvaldo Nascimento, o cenário econômico atual favorece algumas modalidades de apólices de pessoas, principalmente as mais ligadas a crédito, como é o caso do seguro prestamista.

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