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Mapfre projeta faturar R$ 1,6 bilhão na região Sul

Fonte: Jornal do Comércio - RS

Seguradora que compõe holding com o Banco do Brasil registrou crescimento de 37% no mercado gaúcho no primeiro semestre do ano

Rafael Vigna
 
O setor de seguros que cresce acima de dois dígitos há mais de uma década enfrenta novos desafios para diversificar a oferta de produtos e consolidar a cultura no País. Com uma carteira de 25 milhões de clientes e faturamento de R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre, o grupo Mapfre lidera o segmento de seguros de vida, automóveis e danos e ocupa a quarta colocação nacional nas apólices gerais.

A projeção para 2013 é de faturamento na casa de R$ 1,6 bilhão apenas nos três estado da região Sul. No Rio Grande do Sul, o período entre os meses de janeiro a junho rendeu à empresa a ampliação de 37% na venda de apólices. O resultado é bastante elevado na comparação com a média nacional do setor, que obteve 19% de variação sobre o ano passado.

As explicações para a manutenção dos dados positivos, segundo explica Marcos Ferreira, diretor-presidente da empresa que, em conjunto com o Banco do Brasil, forma a holding BB Mapfre, passa pelas melhores condições de renda e menores índices de desemprego.

Convidado da reunião-almoço Tá na Mesa, realizada ontem na sede da Federasul, em Porto Alegre, o executivo projetou os principais riscos e oportunidades para o setor nos próximos anos. Com crescimento alavancado, principalmente por produtos tradicionais como o seguro de automóveis – que representa 67% da atual carteira da seguradora –, Ferreira afirma que o momento exige a diversificação da oferta.

Neste contexto, o diretor-presidente da BB Mapfre destaca o potencial de exploração para os investimentos em infraestrutura. Segundo ele, existe uma corrente para preparar as empresas para um “boom” no segmento. “Todos esses investimentos em infraestrutura que começam a deslanchar no País, independentemente de Copa do Mundo e Olimpíadas, são um nicho a ser explorado. As grandes obras que vêm pela frente precisarão de proteção e na fronteira dos riscos industriais eu percebo uma grande oportunidade”, revela.

Ao lembrar que a meta das seguradoras é prever cobertura para todos os aspectos da vida dos clientes, Ferreira observa a formação de um amplo campo para a expansão de uma categoria ainda bastante incipiente no Brasil - a dos seguros de vida individual. O segmento, impulsionado pela queda na taxa de juros e maior estabilidade econômica, segundo o executivo, deve experimentar um crescimento expressivo nos próximos anos.

“Se pegarmos os chamados seguros de risco - um terço é de automóveis, um terço é de vida e um terço de gerais. É como o mercado atual se divide. Previdência também cresce, mas talvez a nova fronteira que os seguradores tenham que ultrapassar é o desenvolvimento da carteira de vida individual. Trata-se da bola da vez, pois é algo ainda pouco representativo no País”, analisa o executivo. O panorama propício à expansão, entretanto, só será atingido, conforme Ferreira, se as empresas demonstrarem capacidade para a criação de produtos sob medida para atender a demandas específicas dos segurados.

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