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'Warren Buffet da China' é um dos candidatos às seguradoras da CGD

Fonte Lusa/SOL

Portugal - O consórcio chinês Fosun, candidato à privatização das seguradoras da Caixa Geral de Depósitos (CGD), é um dos mais lucrativos grupos privados do país e o seu presidente, Guo Guangchang, já foi mesmo considerado "o Warren Buffett da China".

Guo Guangchang, 46 anos, não rejeita a comparação com o multimilionário norte-americano. Pelo contrário: "Estamos a aprender com os seus métodos de investimentos", disse o líder e fundador do grupo Fosun a uma estação de televisão ocidental.

"Esperamos crescer apoiados nas nossas próprias forças e tornarmo-nos discípulos bem-sucedidos de Buffeff", acrescentou.

Fundado em 1992 por jovens licenciados de uma universidade de Xangai, cidade onde tem a sua sede, o grupo Fosun figura hoje entre os 20 maiores consórcios privados da China, com investimentos em diversos sectores, do imobiliário à saúde, passando pelo turismo e a indústria farmacêutica.

Cotado na Bolsa de Hong Kong desde 2007, o grupo Fosun tem também interesses na área das finanças, seguros, media, publicidade e minas.

Em Junho passado, saltou para as primeiras páginas da imprensa europeia ao associar-se ao grupo AXA para comprar 92% do capital do Club Mediterranée, um ícone da indústria hoteleira francesa, com cerca de 80 'resorts' em 40 países, e onde o consórcio chinês já tinha uma pequena participação.

Numa apresentação feita o ano passado a empresários portugueses, o Fosun assumiu-se como "um dos mais bem-sucedidos grupos de investimentos da China" e "um parceiro de eleição para aproveitar as oportunidades da China".

Segundo a Federação da Indústria e Comércio da China, entidade que representa o setor privado chinês, os lucros do grupo Fosun aumentaram 18,9% em 2011, para 3.700 milhões de yuan (455,8 milhões de euros).

Guo Guangchang, entretanto, ascendeu ao 527º lugar da lista de milionários da Forbes, com uma fortuna avaliada em 2.700 milhões de dólares, e no 'ranking' chinês está já no 23º lugar.

Na referida entrevista, concedida em abril passado à cadeia norte-americana CNBC, o presidente do grupo Fosun salientou que "a China está numa fase cheia de desafios"

"Numa perspectiva empresarial, estamos a tentar propor algumas sugestões ao governo. Não apenas para beneficiar o grupo Fosun, mas para benefício de todas as empresas privadas, especialmente propostas para ajudar pequenas e medias empresas", afirmou Guo Guangchang.

O grupo Fosun e os norte-americanos da Apollo Managment Internacional LLP foram os dois investidores apurados para a segunda fase do processo de privatização das companhias de seguros do grupo Caixa Geral de Depósitos (Fidelidade, Multicare e Cares).

O fundo norte-americano propõe-se comprar "a totalidade das acções" das seguradoras e o consórcio chinês Fosun apresentou uma proposta de aquisição "mista", prevendo a compra de 70% da sociedade Alfa e 51% da sociedade Beta, dois veículos criados dentro da operação e que concentrarão as actividades dos seguros.

As propostas vinculativas para a privatização das seguradoras do grupo CGD, com uma quota de mercado superior a 30% em Portugal, terão de ser apresentadas até ao início de Novembro, devendo o Conselho de Ministros tomar uma decisão até 11 de Dezembro. 

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