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Seguradoras pleiteiam regras para controlar desmanches

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Além da segurança, a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade entraram para não sair de pauta das seguradoras, que estão apostando suas fichas na aprovação de um projeto de lei que promete ter grande repercussão nessas áreas. O que está em cena é um projeto de lei que regulamenta o desmanche de veículos, cuja finalidade é instalar um mercado legal de peças automotivas originas recauchutadas, com selo de qualidade, procedência e rastreabilidade. A iniciativa é vista como indispensável para viabilizar também um mercado de seguro popular para carros acima de cinco anos de uso. Proposição nesse sentido foi aprova- da na Câmara Federal e já está em análise no Senado.

Diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Neival Rodrigues Freitas diz que o apoio do setor ao PL não tem olhos voltados apenas para o seguro popular, que ele acha que virá. Mas que virá, segundo ele, em consequência de um processo que "tem como preocupação principal três pilares: segurança, meio ambiente e redução de custos (economia)".

Para ele, é certo que o projeto, uma vez aprovado, diminuirá os índices de violência. Primeiro porque as empresas de desmonte, para operar, terão que ter autorização das autoridades de segurança pública. Segundo porque as peças em circulação constarão na base de um banco de dados, para permitir o rastreamento e diferenciação das obtidas de forma ilícita. A partir daí, Freitas entende que o latrocínio tende a diminuir, como os índices de roubo e furto de veículos. Não há dúvida na avaliação dele que o meio ambiente sairá ganhando com a regulamentação, já que as empresas autorizadas a operar no desmonte de veículos serão obrigadas a realizar um descarte adequado das peças e dos materiais não reutilizados, como óleo e bateria, entre outros. Ele sustenta que o projeto, sendo aprovado, possibilitará que milhões de proprietários de veículos tenham acesso a peças originais em condições de uso a preços bem mais acessíveis. Para Freitas, este é o viés econômico do projeto, que favorecerá principalmente as classes C e D.

"O lançamento de um seguro popular para veículos usados viria com subproduto de tudo isso", destaca Neival Rodrigues. Significa que as apólices poderiam ser construídas, por exemplo, com a opção de uso de peças (originais) obtidas dos desmanches legais para reparar carros segurados com perda parcial, decorrente de colisão.

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