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VGBL volta a cair em setembro

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Queda na captação dos planos de vida geradores de benefícios livres enfraquece desempenho do mercado, cujo faturamento mensal volta crescer abaixo de dois dígitos, pelo quarto mês consecutivo

Os planos de vida geradores de benefícios livres (VGBLs) voltaram a apresentar desaceleração em setembro, quando as vendas caíram 3,2% sobre igual mês de 2012, de R$ 3,809 bilhões para R$ 3,687 bilhões. O recuo, contudo, foi bem menos acentuado que o observado nos três meses anteriores, segundo os últimos dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Com a perda de força dessa carteira, a principal do mercado, movimentando 41% da receita de prêmios, a produção da atividade de seguros brasileira deu sinais de fraqueza pelo quarto mês consecutivo, cravando em setembro aumento de 9,8%, aos R$ 10,464 bilhões, excluído o ramo saúde. Sem o VGBL, a expansão do setor saltaria para 18,8%.

Embora fora do padrão de crescimento dos últimos anos, o desempenho das vendas em setembro aponta, na verdade, para uma tendência de recuperação da atividade, considerando que o faturamento caiu em agosto de 3,1%, exibiu um magro avanço de 0,6% em julho e ficou estagnado em junho, mês em que as vendas começaram a declinar.

Reversão

Números da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) também apontam em direção à recuperação do VGBL, tendência verificada em agosto. Embora sejam referentes também ao PGBL e aos planos tradicionais de aposentadoria (benefício fixo), os dados da entidade mostram que o segmento da previdência complementar aberta, no qual o VGBL tem peso superior a 70%, voltou a registrar expansão em setembro na captação líquida (diferença entre depósitos e resgates). O sistema registrou saldo positivo de R$ 935 milhões, 17,6% maior que os R$ 795 milhões contabilizados em agosto.

Na análise do presidente da Fenaprevi, Osvaldo do Nascimento, os investidores compreenderam a volatilidade verificada no meio do ano, em decorrência do alongamento (dos ativos) das carteiras, e retomaram os investimentos. “E os próximos meses serão de forte captação”, projeta o executivo, dizendo que “o prêmio de juros para os títulos mais longos já é quase o dobro do verificado no ano passado e os benefícios fiscais dos planos continuam sendo um grande diferencial para os poupadores, o que deve estimular os aportes no sistema”.

Os números da Susep mostram que a receita das seguradoras subiu em setembro 12,1% no segmento dos seguros de pessoas, para R$ 2,049 bilhões. O seguro de vida, o mais importante deles, evoluiu 15%, com prêmios de R$ 850,8 milhões. O mesmo não foi verificado na segunda principal apólice do segmento, a do prestamista, que quita as parcelas de empréstimo comtraído pelo segurado em caso de morte ou invalidez. Aqui, a receita de R$ 545,2 milhões subiu apenas 4,6%.

Veículos

No seguro de automóvel, incluindo as coberturas de assistências e de responsabilidade civil facultativa, a evolução em setembro foi de 18,9% sobre igual mês do ano passado, com receita de R$ 2,378 bilhões. Avanço próximo ficou por conta do seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat), de 16,4%, aos R$ 287,7 milhões.

As vendas no segmento patrimonial, por sua vez, subiram 14%, atingindo R$ 879,7 milhões no nono mês do ano. O melhor desempenho foi observado no seguro residencial, que aumentou 24,6%, enquanto os pacotes empresariais cresceram 14,9% e os riscos operacionais declinaram 14,6%. Já o avanço da garantia estendida de bens foi a 15,6%.

Na área do transporte de mercadorias, o salto foi de 25,9% em setembro, para R$ 312,2 milhões, com o seguro interno crescendo 71% e de importação e exportação, 26,3%. Expansão expressiva foi verificada também no segmento de riscos financeiros, de 42,9%, aos R$ 87,2 milhões, com alta de 23,5% no seguro de garantia do setor público e de 124,6% na garantia do setor privado.

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