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Golpistas estariam agindo contra clientes de seguradoras

Fonte: Tribuna do Povo

Golpistas que usam nomes e serviços de seguradoras de veículos estariam agindo nas vias localizadas no Centro da cidade. O alerta partiu de uma corretora de seguros e um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na Delegacia do Município.

As principais vítimas são mulheres, acima de 60 anos, e apenas em um caso a vítima foi um homem, aposentado. Dados do Susep (Superentência de Seguros Privados) revelam que o número de golpes contra clientes do setor cresceu 3% em 2013.

Apesar dos três casos comunicados para uma única corretora de seguros de Araras, apenas um foi registrado e aconteceu em 12 de março. Uma idosa, de 74 anos, relatou que foi abordada por dois homens fingindo ser mecânicos e levaram mais de R$ 3 mil de sua aposentadoria. Ela disse que trafegava com seu automóvel pela rua Bolívia, no Centro, quando um rapaz apontou para seu carro e alertou que ocorria vazamento de água, que estaria vindo do motor.

Ela estacionou o carro e o golpista ofereceu ajuda para realizar o conserto. Depois de avaliar o falso problema, ele ligou para um segundo homem que, em minutos, apareceu no local e também se apresentou como mecânico. Esse segundo chegou a examinar o motor do veículo e explicou para ela que uma peça estava danificada, que poderia ser consertada, mas o custo seria de R$ 3.230 mil, valor que poderia ser pago em cheque.

A vítima preencheu o cheque e entregou para os golpistas, e recebeu em troca um cartão com o nome de uma seguradora, além de recibo no valor do cheque. Os estelionatários orientaram que a vítima seria ressarcida do valor e ainda entregaram nota, sem assinatura, e fugiram do local. Depois ela percebeu o golpe e, ao consultar sua conta bancária, constatou a compensação do cheque.

Outros três casos relatados

Além deste, uma corretora de seguros de Araras afirmou ter recebido outros três nos últimos 15 dias e outros fatos, do mesmo estilo, também foram notificados em Rio Claro/SP e Leme/SP.

Segundo a corretora Roberta Sierra Montagner, grande parte das vítimas é formada por idosos, principalmente mulheres, e os golpistas levaram entre R$ 1,5 mil a R$ 3 mil de cada cliente.

“O golpe segue sempre o mesmo perfil e os estelionatários não agem sozinhos. Eles abordam suas vítimas no trânsito, apontam algum defeito falso no veículo e se apresentam como mecânicos”, alertou. O esquema segue e os golpistas simulam ligar para o telefone 0800, de alguma seguradora e, nesse momento, chega o comparsa que também se passa por mecânico e avisa que pode arrumar o problema. “É nesse momento que eles fingem e cobram o valor para suas vítimas e alegam que ele pode ser reembolsado pela seguradora”, alertou.

Corretora indica alguns cuidados para não cair no golpe

Para tentar livrar os clientes dessa situação, a corretora orienta atenção especial para os serviços das seguradoras. “Geralmente, a seguradora não realiza nenhum reembolso. Outro ponto se deve à manutenção, que não é feita na rua, salvo pequenas exceções como troca de baterias, por exemplo. O atendimento de praxe segue sempre o mesmo contexto: o cliente precisa acionar a seguradora e esta encaminha um guincho para o local para levar o carro até o mecânico especializado”, explicou.

Outro ponto citado por Roberta está no contato entre cliente e seguradora. “Não existe segredo, sempre entre em contato com seu corretor de seguros. A seguradora jamais liga para o cliente oferecendo para algum mecânico ir até o local. Então, o primordial, é sempre ligar para seu corretor”, orientou.

Golpes cresceram 3% em 2013 no Brasil

De acordo com levantamento feito pela Susep (Superentência de Seguros Privados), o número de reclamações em relação aos seguros vendidos no Brasil chegou a mais de 21 mil em 2013, aumento de 2,85% se comparado ao ano anterior.

O segmento com maior índice de reclamações foi o de automóveis, com 30% do total, seguido por DPVAT (26,2%), vida (13,8%), residencial (2,2%) e garantia estendida (1,4%). O restante corresponde a prestamista, garantia, habitacional, entre outros.

A Susep também revelou que recebeu 4.331 queixas em relação a outros segmentos supervisionados. Previdência complementar registrou 10,5% desse montante, seguida por capitalização (1,3%), assistência financeira (0,9%) e corretores (0,4%). O estudo apontou 699 denúncias de golpes e 290 de comercialização irregular de produtos.

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