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Seguradoras oferecem apólices sob medida e cobertura elevada

Fonte: Valor Econômico

Por Denise Bueno | Para o Valor, de São Paulo

Conquistar o público de alta renda é um desejo de várias seguradoras e corretoras. Segundo pesquisa do Global Wealth Report, divulgado pelo banco Credit Suisse, a tendência é de que até 2018 os milionários brasileiros deverão totalizar 407 mil. É quase o dobro dos que tinham US$ 1 milhão em conta para investir em 2012. E um prato cheio para os executivos de seguros. "Quem tem esse valor em conta é porque tem um patrimônio e tanto para proteger", comenta Luiz Pomarole, diretor geral da Porto Seguro.

"O potencial é grande", afirma Cristiano A. Oliveira, vice-presidente da unidade de seguros massificados da Aon, citando que apenas 1,6% dos domicílios brasileiros da classe A têm seguro residencial; 1,8% possuem seguro de acidentes pessoais e de vida; e 13% têm seguro de automóveis.

Segundo os especialistas nesse perfil de público, boa parte dos clientes está mais preocupada em preservar o patrimônio conquistado do que em aumentá-lo. Uma boa notícia para as seguradoras, que têm em mãos um banco de dados farto para vender apólices de casa, carros, barcos, jatos, joias, obras de arte, equipamentos eletrônicos e até mesmo para animais de estimação. Quando o assunto é vida, os corretores destacam três seguradoras: Mongeral Aegon, Prudential, BB Mapfre, Icatu e Liberty, especialistas na venda de produtos sob medida e com valores de cobertura acima dos oferecidos nos pacotes dos bancos.

Nuno David, diretor de marketing da Mongeral Aegon, comemora o sucesso das vendas do seguro de vida para alta renda lançado em 2010. "Temos 1,6 mil clientes ativos, dos quais 31% mulheres, público que cresce ano a ano", conta. O produto já representa 12% das vendas da companhia. Segundo o executivo, o seguro foi criado para atender nicho de mercado que demanda por capitais segurados de R$ 1 milhão a R$ 15 milhões com preços compatíveis aos praticados no exterior, uma vez que em 2007 a lei 126 tornou ilegal comprar apólices fora do Brasil se houver produto similar no mercado nacional. Isso estimulou a concorrência.

Os seguros sob medida mesclam desde capital para deixar a família com renda suficiente para aguardar o inventário, até cobertura para doenças graves, formação de um fundo de investimento com prazo específico, bem como valores suficientes para garantir a sucessão na empresa em caso de falecimento de um dos sócios.

A Prudential, pioneira na venda de seguro individual sob medida no Brasil, elevou em fevereiro de R$ 15,8 milhões para R$ 30 milhões o valor de capital segurado para se manter à frente da concorrência. De acordo com os especialistas, o valor do seguro deve garantir, no mínimo, 15% do patrimônio acumulado.

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