Breaking News

Conheça a estratégia do Lloyd´s no Brasil

Fonte: IstoÉ Dinheiro

 Primeiro grupo estrangeiro certificado a operar no mercado brasileiro de resseguros pretende trazer novas empresas ao país.

Por Luiz Gustavo PACETE

O mercado de resseguros, aquele em que estão inseridas as seguradoras das seguradoras, movimentou R$ 7,8 bilhões em 2013 e ainda tem muito potencial para crescer no Brasil em relação a outros países. Esse negócio vem se desenvolvendo desde 2008, quando houve a abertura do mercado e o fim do monopólio da estatal IRB. Atualmente, 115 resseguradoras operam no país, sendo grande parte delas suíças, alemãs, americanas e britânicas.

O Lloyd´s, sindicato que reúne resseguradoras inglesas, foi o primeiro grupo estrangeiro a receber licença para operar nesse mercado no Brasil, em 2008. Desde então, já são 11 resseguradoras que atuam pelo grupo aqui, responsáveis por um faturamento de US$ 315 milhões, em 2013. Algo pequeno em comparação com os US$ 40,7 bilhões que o grupo faturou no mundo, no mesmo período. Apesar do valor pouco representativo, o Lloyd´s tem planos para o Brasil e espera aumentar sua participação.

                           A indústria do petróleo é uma das grandes apostas do Lloyd´s no Brasil


Segundo Marco Castro, presidente do Lloyd´s no Brasil, as obras e projetos de infraestrutura representam o grande potencial deste mercado. “O país está entre os quinze maiores pólos potenciais de resseguros do mundo. Nossa operação representa 1% do faturamento global do grupo, um sinal que temos muito a crescer.”  Na quarta-feira 9, o Lloyd´s  anunciou a chegada de uma nova empresa ao país, a Hiscox, que já possui um contrato de US$ 200 milhões com a Petrobras e vai operar no segmento de resseguros customizados. Em entrevista à DINHEIRO, Castro explica que, até o final do ano, novas empresas chegarão ao mercado brasileiro. “Nosso foco é crescer com qualidade, mesmo que em números ainda não tenhamos resultados comparados com países como China.”

                                                  Marco Castro, presidente do Lloyd´s no Brasil


DINHEIRO – Por qual motivo o mercado brasileiro não tem crescido na velocidade esperada?
Marco Castro – Não quer dizer que nosso desempenho seja ruim no Brasil. O país está entre os quinze maiores mercados de resseguros do mundo. Nossa operação representa 1% do faturamento global do grupo, mas é um sinal que temos muito a crescer. Desde que passamos a operar aqui, em 2008, saltamos de um volume de US$ 100 milhões para US$ 300 milhões e nosso foco é crescer de forma saudável.

De que maneira o mercado de resseguros brasileiro evoluiu desde 2008?
Ele se profissionalizou. Saiu de uma realidade de apenas uma única empresa para grandes resseguradoras globais. O Brasil passou a ter acesso às principais empresas do setor no mundo e isso ajudou trazendo experiências para as seguradoras brasileiras. O detalhe deste mercado é que a oferta é muito maior que a demanda e isso tem afetado as empresas brasileiras que não estão com bons resultados comparados às empresas internacionais. No Lloyd’s, estamos sustentando bons resultados por uma estratégia de crescimento cauteloso.

O Lloyd’s tem plano de começar a operar com seguradoras no Brasil?
Não temos restrição legal para isso. É uma opção e sempre avaliamos, porém, ainda não decidimos ingressar no mercado de seguros no Brasil porque estamos focados em evoluir no mercado de resseguros e esperar o momento certo.

Quais são as novas resseguradoras que virão para o Brasil e quando elas chegam?
Tenho o interesse de trazer novas empresas, mas ainda não existe nenhum número confirmado. Posso te dizer que em curto prazo vamos continuar crescendo em número de empresas aqui.

De que maneira vocês estão aproveitando eventos como Copa e Olimpíadas para crescer no mercado brasileiro?
Os investimentos na parte de instalações esportivas não se comparam em termos de grandeza com investimentos na indústria de óleo, gás e infraestrutura. Nosso foco é o setor de construção naval, engenharia e grandes projetos de infraestrutura. No caso, estamos focados nestes segmentos que demandam os serviços das resseguradoras.  Em relação aos grandes eventos, tivemos participação na maioria das grandes obras realizadas até agora, mas mantemos agora nosso foco em óleo e gás, construção, infraestrutura e projetos dentro do PAC.


Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario