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Curso pode preparar conselheiros em subscrição de riscos

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Tese é defendida pelo novo superintendente da Susep e reflete preocupação com a gestão corporativa hoje baseada nos riscos de subscrição. Roberto Westenberg prega também cursos para consumidores

Norteado pela experiência adquirida no magistério – foi professor do Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde fundou o Centro de Estudos e Pesquisas em Seguros (Ceps) –, o titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Roberto Westenberg, no cargo há dois meses, julga necessário, entre outras questões, avançar mais na área do conhecimento e da capacitação dos profissionais do mercado segurador brasileiro, embora, provavelmente não considere baixa, hoje, a qualidade dos recursos humanos empregados na atividade, como apontava nos idos anos da década de 1990.

Mas Westenberg chega à Susep com uma visão educacional ampliada, fruto das transformações ocorridas no setor nos últimos anos. O avanço é comprovado na defesa que faz da montagem de cursos para consumidores e, sobretudo, para membros do Conselho de Administração das seguradoras, ideias que pregou na reunião-almoço do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCSRJ), há uma semana.

Com a gestão corporativa atual baseada nos riscos de subscrição, Westenberg não pestanejou ao afirmar que os conselheiros precisam de cursos de preparação nessa linha. “São pessoas que tomam decisão, não podem errar e pôr em risco (de insolvência) a empresa”, disse, ao lado do diretor executivo da instituição de ensino do mercado (Funenseg), Renato Campos Martins Filho, também presente ao encontro com os corretores fluminenses.

Além da profissionalização dos conselheiros, de olho no aperfeiçoamento da governança, Westenberg também é defensor da realização de cursos voltados para consumidores. Ele acredita que clientes bem informados, esclarecidos, podem ampliar o consumo de seguros, e de forma consciente sobre o que está adquirindo. Sobre a capacitação em geral dos agentes que compõem o mercado segurador brasileiro, ele destaca igualmente a importância de se promover cursos, palestras e treinamentos, particularmente para empregados de seguradoras e corretores de seguros. Ele vê a educação como ação estratégica.

Mas não só o ensino tem papel estratégico no desenvolvimento do seguro no País. Norteado pelo viés acadêmico – além de mestre em estatística, é PhD em ciências atuarias –, o superintendente da Susep também expôs o seu lado desenvolto em pesquisa no encontro com os corretores fluminenses, ao anunciar sua intenção de incentivar o aperfeiçoamento e a descoberta de produtos e serviços, sem perda de foco no consumidor. À proposta batizou de Laboratório de Produtos, que pretende montar, “em breve”, colocando lado a lado servidores públicos e representantes de seguradoras, corretores e consumidores, em prol do crescimento do mercado.

Equilíbrio

Desse grupo de trabalho conjunto, ele aventou a possibilidade de surgirem resultados ainda este ano, com incursões em carteiras como a de automóvel, vida e saúde, entre outras.

Com um discurso conciliador, Westenberg diz que sua gestão – a princípio de nove meses, considerando que pode haver mudança de governo em janeiro – será pautada pela busca do equilíbrio entre as três grandes forças do sistema, que são as seguradoras, os corretores e os consumidores de seguros. “A Susep vai trabalhar de maneira justa, aberta a críticas, sugestões e opiniões que possam acrescentar valor ao nosso trabalho”, pregou no encontro da CCS do Rio. E no mesmo evento prometeu restabelecer a extinta carteira profissional do corretor de seguros, depois de ouvir a solicitação nesse sentido feita pelo diretor da entidade, Amílcar Vianna.

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