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Seguradora britânica RSA muda estratégia no país e enxuga equipe

Fonte: Valor Econômico

A seguradora britânica RSA reorganizou suas operações no Brasil e vai deixar de operar com grandes riscos. Com isso, enxugou parte do seu quadro de funcionários. A partir de agora, a companhia vai focar seus negócios em apólices de transportes, frota de automóveis, seguros para pequenas empresas e afinidades - apólices vendidas por meio do canal de parceiros, geralmente no varejo.

"Revisamos a nossa estratégia e elegemos os negócios com perspectivas de maior rentabilidade e que sejam mais sustentáveis", diz Thomas Batt, presidente-executivo da RSA Seguros Brasil.

A seguradora vai deixar de atuar com seguros patrimoniais e de responsabilidade civil com altas coberturas, riscos de engenharia e riscos diversos - coberturas de perda e danos materiais que atendem necessidades corporativas específicas. Batt diz que a saída dessas áreas faz parte de uma decisão estratégica da companhia e que nenhum incidente ocorreu. A RSA vai dar assistência aos clientes até o vencimento das apólices em vigência, segundo o presidente.

Como os profissionais que atuam nessas áreas são muito especializados, apenas alguns foram incorporados por outras áreas da seguradora e a maioria das vagas deixou de existir. Cerca de 30 funcionários foram demitidos, apurou oValor. A companhia confirma que houve demissões, mas não confirma o número. Segundo o balanço local da RSA do ano passado, a seguradora contava com "mais de 300 funcionários" no país.

Para crescer na área de pequenas e médias empresas, a RSA investiu em uma plataforma em que os corretores podem emitir as apólices de forma on-line, para dar maior agilidade e alcance aos negócios. "Setenta por cento das pequenas e médias empresas no país não têm cobertura de seguro. É um segmento em que é difícil entrar, mas tem muitas oportunidades", diz Batt.

Na área de frotas de automóveis, a companhia começou a usar a tecnologia de telemetria, que permite o monitoramento e a análise do comportamento da frota e que já era usada nos seguros de transportes. A tecnologia ajuda a seguradora no gerenciamento do risco.

No mundo, a companhia emitiu € 8,7 bilhões no ano passado. A RSA Brasil apresentou faturamento de R$ 509 milhões em 2013, uma queda de 4% em relação a 2013, e um prejuízo de R$ 10,2 milhões, ante lucro de R$ 29,8 milhões em 2012. Segundo Batt, a companhia bateu suas meta de resultados com a matriz no ano passado. No entanto, ele afirma que o balanço local é afetado pela forma como é feita a contabilidade de resseguros pelas regras brasileiras.


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