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Seguro de crédito doméstico se destaca na Coface

Fonte: Revista Cobertura

Aumento da percepção de risco nas empresas brasileiras faz carteira atingir patamar de 70% no faturamento da seguradora

A presidente da Coface Brasil, Marcele Lemos, comenta que o País é estratégico para o grupo francês. De acordo com ela, a seguradora possui 51% de market share, tanto em seguro de crédito doméstico quanto para exportação. Na América Latina, acrescenta, a Coface é responsável por cerca de 43% do faturamento de seguro de crédito do grupo.

Marcele explica que a Coface tem feito investimentos na área comercial e na expansão de sua presença nos estados brasileiros, a exemplo dos escritórios abertos em Salvador e Curitiba e da abertura de escritórios prevista na região Sul. “Estamos de olho nessa região e no nordeste, que tem grande potencial e muito a ser desenvolvido no mercado, no que tange a seguro de crédito”.

De acordo com a economista da Coface América Latina, Patrícia Krause, por conta da Copa e eleições, os investidores estão temerosos e devem deixar os investimentos para o ano que vem. Por conta disso, as expectativas para o próximo ano são maiores.

Mercado em ascensão

O mercado de seguros de crédito no Brasil ainda é incipiente, observa Marcele Lemos, com um faturamento em torno de R$ 190 milhões. Na seguradora, em 2013 o faturamento atingiu R$ 117 milhões. Joel Paillot, diretor mundial de riscos da Coface, complementa que em 2013 o grupo atingiu faturamento de 1,2 bilhão de euros e assegurou mundialmente cerca de 475 bilhões de euros.

Apesar de o seguro de crédito ainda não ser muito conhecido no Brasil, nos últimos anos a percepção de risco tem mudado significativamente nas empresas, por conta do aumento de inadimplência e empresas que entram em recuperação judicial. “As empresas estão sentindo a necessidade de se proteger. Tudo isso porque a percepção de risco das empresas brasileiras está mudando”, diz Marcele.

Nesse cenário, o seguro de crédito doméstico se destaca, com participação de 70% do faturamento da Coface do Brasil, com forte presença nos setores automotivo, eletroeletrônico e agronegócio. Dessa maneira, um dos desafios da seguradora, conforme a presidente, é disseminar essa proteção no País.

A junção de fatores como o não atingimento da meta de superávit primário, falta de competitividade na indústria, pouco crescimento, alta inflação e o aumento da inadimplência no setor de seguros de maneira geral, influenciaram o rebaixamento da avaliação do nível de risco Brasil de A3 para A4 este ano, pela Coface do Brasil.

Para reverter essa situação, conforme Patrícia, é preciso que haja uma política mais clara, elevação no crescimento e cumprimento do superávit, cuja meta para este ano é mais crível.

Um comentário:

  1. Excelente matéria, Erico. Agradeço o enfoque no seu Blog.
    Noranei Rios
    Coface Nordeste

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