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A inflação assusta o mercado de seguros

Fonte: Jornal Corporativo

O PLANO REAL proporcionou, desde o seu advento no ano de 1994, um cenário favorável para a expansão da economia como um todo.

Um dos fundamentos econômicos do Plano Real foi a eliminação da inflação no BRASIL, o que tornou a nossa economia sólida e a nossa moeda, o real, uma das moedas mais valorizadas do Planeta.

O BRASIL cresceu muito nesses últimos 20(vinte) anos e chegamos a ser recentemente a sexta maior nação do mundo.

O nosso Produto Interno Bruto foi, inclusive, maior do que o do Reino Unido no ano de 2011.

O progresso de nossa nação foi tão evidente que recebemos a honra de celebrar a Copa do Mundo de Futebol em junho deste ano e as Olimpíadas no ano de 2016 na Cidade do Rio de Janeiro.

A economia estável trouxe consequências favoráveis, também, para a expansão do setor de seguros, de modo que no ano de 1994 o setor respondia por 0,8%(zero virgula oito por cento) do Produto Interno Bruto e  no ano de 2013 chegou a quase 5%(cinco por cento) do Produto Interno Bruto (com a inclusão dos números do seguro saúde).

É conhecimento comum que isso só se tornou uma realidade devido a alguns fatores:

alta qualidade das normas do setor,

*altos investimentos praticados pelo mercado de seguros em qualificação profissional,

*fiscalização inteligente a cargo da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, 

*aumento do padrão monetário da população nesses últimos anos ausência de inflação.

Mas, nem tudo são flores!

No último ano tivemos sinais da volta da inflação, ainda que pequena se comparada aos tempos anteriores ao do advento do Plano Real, mas que se tornou uma preocupação do mercado nacional segurador.

O executivo Ricardo Arias Jimenez, vice-presidente da Federação Interamericana de Empresas de Seguros -  Fides, participou em meados de abril desse ano  do 3º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro. No intervalo do encontro, ele falou com exclusividade ao portal da CNseg, identificando os principais desafios dos países da América Latina e os efeitos de algumas variáveis, como inflação, violência e regulação, para o mercado segurador regional. Veja a breve entrevista concedida Recaredo Jimenez, que também é diretor geral da Associação Mexicana de Instituições de Seguros (Amis).

O que há de comum entre os mercados de seguros da América Latina e quais são seus principais desafios?

Esta é uma pergunta muito boa. Temos muitos problemas em comum, como os riscos provocados pela natureza a e baixa penetração do seguro em nossos países. Este último problema tem a ver com o poder de compra da população e com a falta de conhecimento dos benefícios do seguro. De certo modo, a oferta de microsseguro, cada vez mais comum entre os países da região, busca reduzir este gap, ao alcançar a base da pirâmide social, buscando não só colocá-la sob a proteção de seguros, mas também ampliando gradualmente seu entendimento das coberturas disponíveis.

O mercado regional é uniforme?

Apesar de algumas semelhanças, não podemos incorrer no erro de achar que todos os países são iguais. Eles têm hábitos e costumes diferentes. E, nós, seguradores, temos de levar isso em conta e adaptar nossos produtos, assim como os canais de distribuição, para cultura e realidade de cada país. E vale lembrar que, no caso do seguro, não podemos considerar apenas o porte do país, tendo em vista que há nações menores com respostas muito positivas em termos de resultados, incluindo em termos de regulação.

Mas há pelo menos três fatores recorrentes na América Latina: violência, inflação alta e alguma intervenção governamental…

Estes três fatores são muito importantes para o mercado segurador. A violência afeta toda a sociedade e, em particular, o mercado segurador, porque torna seus produtos mais caros, como seguro de vida, de automóvel, de roubo e furto, de transporte, e de valores. Já a inflação é o maior inimigo do mercado de seguros. Isso porque o seguro se desenvolve melhor quando há estabilidade de preços e desenvolvimento econômico. Um bom exemplo disso, aliás, é o Brasil. Desde que sua economia se estabilizou, o país saiu de uma participação de 31% para 50% da América Latina, alcançando a liderança regional. Por fim, a regulação é outro componente importante e, quando é adequada e pertinente, pode contribuir para um crescimento mais portentoso do mercado, sem desproteger o consumidor.




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