Breaking News

Iniciativa tenta facilitar rastreamento do veículo

Fonte: Valor Econômico

Por Felipe Marques | De São Paulo

Se os bancos esperam uma mudança legal para agilizar o processo de retomada de veículos, há quem venha se movimentando para encontrar uma forma de acelerar essa dinâmica sob as regras atuais. O principal desafio é facilitar a localização do veículo que o tomador deixou de pagar, dadas as dimensões continentais do Brasil.

A federação das seguradoras (FenSeg) junto com a Cetip, que faz os registros das garantias de financiamento de veículos, trabalham em dois projetos conjuntos nessa linha. O primeiro quer usar a rede de câmeras de monitoramento montada por Estados e municípios para localizar carros de quem não pagou suas dívidas. Também funciona para achar veículos roubados, semelhante ao sistema que é usado nas fronteiras do país.

"É uma parceria com o poder local que está em testes em duas praças", afirma o superintendente geral da central de serviços da CNseg, Marco Barros. "É semelhante a que temos com a polícia federal no projeto de monitoração das fronteiras." Enquanto FenSeg fornece dados da base das seguradoras, a Cetip fará o mesmo com a base de inadimplentes dos bancos.

O segundo projeto conjunto da dupla é criar uma estrutura que concentre, em um só lugar, todos os passos necessários para a regularização de um veículo com problemas. O "pátio privado" serviria não só para armazenar o veículo com segurança após a retomada, como também agruparia um posto policial e o leiloeiro, por exemplo. "Um processo de leilão pode ser feito em um mês nessa estrutura", afirma Roberto Dagnoni, diretor-executivo da Cetip. Dois Estados vêm testando a solução.

Na visão dos bancos, outra ação que poderia ajudar a encontrar o veículo é a obrigatoriedade de instalação de rastreadores em carros recém saídos das fábricas. Essa exigência, porém, é postergada pelo governo há anos e, mesmo sem ter entrado em vigor, é contestada na Justiça. No cronograma mais recente, a obrigatoriedade só passa a valer em dois anos.
 

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario