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Lucro da SulAmérica cresce 6% no trimestre

Fonte: Valor Econômico

Por Thais Folego | De São Paulo

A maior frequência de utilização dos planos de saúde impactou os resultados da SulAmérica no segundo trimestre, como esperado por analistas. O lucro líquido da seguradora ficou em R$ 55,4 milhões no período, 5,7% maior que há um ano.

Segundo Gabriel Portella, presidente-executivo da SulAmérica, o movimento de maior utilização de serviços médicos por parte dos clientes, que já estava em curso no ano, se agravou com a Copa, pois as pessoas anteciparam a ida ao médico para antes do campeonato. Soma-se a isso a inflação dos custos médicos e hospitalares.

Isso se reflete no índice de sinistralidade do segmento, que mede a relação entre a receita e o pagamento de indenizações - e quanto menor, melhor. O indicador subiu 3 pontos percentuais em 12 meses, para 87,1%. Isso elevou o índice de sinistralidade total da seguradora, que subiu 1,6 ponto percentual, para 79%.

Segundo Portella, com a frequência de utilização dos planos em patamar elevado, a companhia manteve a sua política de reajuste de preços. A equipe de análise do Santander lembra que parte significativa da carteira de seguro de saúde da SulAmérica só é "reprecificada" no terceiro trimestre.

O maior resultado financeiro compensou parcialmente o aumento da sinistralidade no trimestre. O resultado com a aplicação financeira das reservas técnicas de seguros somou R$ 164,8 milhões, 102,5% maior que há um ano, ajudado pelo aumento da Selic no período. Os ativos renderam o equivalente a 108% do CDI de abril a junho.

A receita total da seguradora com prêmios de seguros e arrecadação de previdência e capitalização no trimestre foi de R$ 4,2 bilhões, um avanço de 18,3% em 12 meses. Os destaques são o faturamento da carteira de saúde e odontológico, que avançou 14,4%, e de automóveis, que cresceu 13% em 12 meses.

Portella destaca que a incorporação da SulaCap e o aumento da arrecadação de previdência e da gestora de recursos (SulAmérica Investimentos) melhorou o mix de receitas da companhia, concentrada em seguro saúde. "Antes saúde respondia por 70% das nossas receitas, fatia que caiu para 55% neste trimestre", diz.

Quanto à emissão de R$ 500 milhões em debêntures que a empresa realizou no trimestre, Portella disse que é para suportar o nível de crescimento da companhia e para eventuais oportunidades de aquisição.

 

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