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Moody's vê perspectiva estável para o mercado de seguros

Fonte: Jornal do Commercio - RJ
 
Em seu último relatório, recém-divulgado, a agência de classificação de riscos Moody's diz que a  erspectiva para o setor de seguros no Brasil permanece estável, sendo um reflexo de que, para a agência, as atuais condições dos fundamentos de crédito para o mercado devem ficar inalteradas ao longo dos próximos 12 a 18 meses. O vicepresidente da Moody's, o analista sênior Diego Kashiwakura, autor do relatório, espera que, apesar de um crescimento econômico menor do País nos últimos anos, a expansão de longo prazo da classe média deve continuar a sustentar a demanda crescente por produtos de seguro.

O relatório aponta que o mercado de seguros no Brasil tem crescido de forma consistente e significativa nos anos recentes, em particular, em decorrência da expansão da classe média. O País tem a maior economia e o maior mercado de seguros da América Latina. A taxa de penetração do setor em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, permanece baixa, em torno de 4%, o que indica que ainda há espaço para expansão. A qualidade dos ativos é adequada, mas continua a melhorar, embora as seguradoras ainda estejam expostas ao risco de concentração em títulos do governo brasileiro (Baa2 estável) que detêm. No entanto, os indicadores de adequação de capital e rentabilidade são sólidos tanto para empresas de seguro de vida e previdência quanto de seguros gerais.

Juro e rentabilidade

As seguradoras de vida e previdência afiliadas a bancos, prossegue o relatório, continuarão a se beneficiar do seu controle sobre a distribuição de produtos e da força da marca do grupo. Enquanto isso, a intensa concorrência de preços continuará pressionando a rentabilidade das seguradoras de seguros gerais. Contudo, a taxa básica de juros no Brasil em 11% deverá ajudar a fortalecer os resultados de investimentos e, consequentemente, a rentabilidade das seguradoras e empresas de capitalização.

Por fim, o relatório da Moody's aponta que a adequação de capital continua melhorando. “O regulador no Brasil expandiu a supervisão e incorporou mais requerimentos de capital baseado em risco para as seguradoras, o que ajudou a fortalecer os requerimentos de capital e melhorar a solvência”, pondera Diego Kashiwakura. No entanto, algumas seguradoras menores, especialmente aquelas com menos capital, poderiam considerar difícil levantar o capital adicional necessário para manter as margens de solvência acima das exigências regulatórias.

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