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Venda de apólice avança junto à compra de bens

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Atuação das lojas comerciais como canal de distribuição é tendência tida como irreversível pelo setor, que pleiteia ainda o engajamento dos caixas na intermediação

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) estuda empreender novos ajustes, a pedido dos seguradores, no regulamento da venda de seguros em redes de lojas de varejo, matéria disciplinada em outubro do ano passado com a implantação da figura do representante de seguros, que é a pessoa jurídica autorizada a comercializar alguns tipos de planos de seguros em nome da seguradora, com a qual firma contrato. Pelas regras em vigor, esse canal de distribuição já pode atuar em dez carteiras, além dos microsseguros de danos, pessoas e de previdência complementar aberta.

Uma das propostas dos seguradores era a de permitir a venda de coberturas para pneus, rodas e outros acessórios automotivos em concessionárias de veículos, que atuariam como representantes de seguros. Tal pleito foi aprovado no mês passado pelo órgão regulador, incluído na Resolução 297, de
2013, sob a rubrica Assistência e outras coberturas – Automóvel. Outro pleito em cena é a de engajar
os caixas de estabelecimentos comerciais no processo de comercialização de seguros.

“É preciso que seja mantida a aderência do normativo à realidade do mercado. Mas, se houver mudança, será necessário um treinamento adequado desses caixas, para que possam explicar ao cliente detalhes do produto”, disse a coordenadora-geral de produtos da Susep, Regina Simões, em recente encontro promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).

Ela contou que o órgão regulador manterá troca de informações permanentemente com o setor privado. A ideia, segundo ela, é justamente aperfeiçoar o marco regulatório referente à venda de seguros no varejo.

Bens e coberturas

No mesmo encontro, consultores da KPMG apresentaram um estudo segundo o qual o varejo terá papel cada vez mais relevante  no processo de crescimento do mercado de seguros no Brasil. Segundo a consultora Luciene Magalhães, essa perspectiva segue naturalmente uma tendência mundial. “Em boa parte do mundo, o seguro vem sendo oferecido no momento da venda do produto. Esta tendência não deve mudar. O importante é haver uma legislação adequada, que permita, por exemplo, o cancelamento da compra”, destacou a consultora.

O estudo sinaliza que o maior desafio para a rede varejista é contar com mecanismos de controle e qualificação da força de venda de seguros. O estudo indica ainda que é indispensável total transparência para a proteção do consumidor e a busca da maior capacidade de penetração.

Para Luciene Magalhães, as redes de varejo podem contribuir para o aumento da participação dos seguros gerais no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, “que atualmente é de apenas 1,2%”. A fatia do seguro chega a 1,5% no Chile, 2,5% em Portugal e 3% nos Estados Unidos, segundo revelou.

A KPMG apurou ainda que as lojas de eletroeletrônicos são as que mais comercializam apólices de seguros no varejo. Além disso, o estudo constatou que a garantia estendida e a proteção financeira são os produtos mais comercializados em estabelecimentos comerciais.

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