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VII Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada destaca a revolução do consumidor

Fonte: Sonho Seguro

O VII Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, que será promovido pela FenaPrevi, dias 28 e 29 de outubro, em São Paulo, reunirá mais de 500 executivos e especialistas do setor para debater tendências do mercado de previdência complementar aberta e de seguros de vida, que está em franco desenvolvimento no Brasil e no mundo.

Nesta entrevista, o presidente da FenaPrevi, Osvaldo Nascimento, antecipa os principais temas que serão discutidos na sétima edição do Fórum.

Qual a importância da realização do VII Fórum de Vida e Previdência Privada?

O Fórum de Vida e Previdência Privada é realizado a cada dois anos, que é o período onde ocorrem mudanças significativas para o setor de seguros e previdência. Nesta sétima edição o tema central é a revolução do consumidor, que é quem determina de fato como a indústria de previdência complementar aberta e de seguros deve evoluir em termos de transparência e oferta de produtos. Esta revolução do consumidor está diretamente ligada à revolução tecnológica, que é o desafio estratégico desse século, principalmente por causa da proximidade das pessoas com os novos dispositivos móveis como tablets e smartphones, por exemplo. Por essa razão, a discussão do Fórum é centrada neste consumidor contextualizado em um ambiente de grande mudança tecnológica e a grande influência que ele tem sobre o desenvolvimento e distribuição dos produtos. Nesse cenário, o setor está se reinventando e projetando como será o amanhã. Para isso, traremos para o evento renomados especialistas internacionais em medicina de seguros, medicina regenerativa, em canais de distribuições e novas tecnologias. A importância do VII Fórum é justamente mostrar os impactos de tudo isso no setor e debater com profundidade essa questão.

 Como o setor vem acompanhando essas mudanças?

 Dentro da evolução tecnológica e de uma nova dinâmica do mercado, a previdência se antecipou, por exemplo, na questão da portabilidade. No setor, ela ocorre de forma muito flexível e sem ônus algum ao investidor. O consumidor pode trocar de seguradora e de produto com muita facilidade. Nesse sentido de flexibilização e modernização, a FenaPrevi trabalha juntamente com a Susep (Superintendência de Seguros Privados) para simplificar os processos para atender as novas demandas dos consumidores. Já temos 60% de capacidade de oferecer previdência complementar aberta e seguros com mais flexibilidade, mas precisamos avançar. Hoje, por exemplo, o consumidor ainda precisa se adaptar ao produto. O ideal é termos produtos que se adaptem às necessidades do consumidor.

 Um dos temas discutidos no VII Fórum é o aumento da expectativa de vida. Qual o efeito dessa longevidade no mercado segurador?

 As pessoas estão vivendo mais e realmente é preciso pensar de forma estratégica como vamos atender esse consumidor. No Brasil ainda não temos o mercado de rendas programadas. Esta é inclusive uma prioridade da Susep, que está trabalhando para desenvolver e viabilizar uma família de rendas programadas, que começam com rendas financeiras e chegam às rendas vitalícias, passando por diversas modalidades voltadas à atender às necessidades dos cidadãos. Esse certamente será o mercado que mais vai crescer na próxima década. A tendência mundial é ter renda com parte do seu valor fixa e outra variável.

 O mercado deve caminhar para um cenário em que o consumidor fique na renda financeira até certa idade, enquanto ele pode administrá-la, e depois opte pela renda vitalícia. As ações de educação financeira vão de encontro com as inciativas de relacionamento com consumidor?

 O atual consumidor hoje se educa mais pela Internet. Ele pesquisa mais e questiona mais. Por isso, a educação financeira e a transparência passam a ter um peso ainda maior na oferta de produtos e as empresas precisam investir mais em novas tecnologias. Quando o consumidor escolhe um produto, seja de seguro ou de previdência, ele já vem com uma bagagem de informação, vem muito mais informado que há alguns anos. Os jovens de hoje já nasceram na era da Internet e o setor precisa saber como lidar com esse novo consumidor, que tem muito mais acesso a informação, com agilidade. É preciso estar preparado para esse novo cenário e saber lidar com este consumidor muito bem informado. Atualmente, o consumidor acompanha o seu plano de previdência ou seguro no seu dia a dia ou semanalmente, por exemplo, porque é muito fácil fazer isso graças à tecnologia que ele tem acesso. Por isso, o Brasil tem muito a avançar na dimensão regulatória do setor. Houve um recuo na arrecadação da previdência no início deste ano.

 Qual a expectativa do setor para este ano?

 O mercado de previdência recuou no segundo trimestre do ano passado por causa da alta volatilidade dos juros. Muitas pessoas pararam de contribuir e outras resgataram seus planos de previdência preocupados com a volatilidade e a rentabilidade caindo. Depois de um longo trabalho de educação financeira realizado pela FenaPrevi juntamente com as seguradoras, as pessoas entenderam um pouco melhor a importância do pensamento de longo prazo, como funcionam investimentos de longo prazo e que eles podem estar sujeitos a estas variáveis como qualquer outra modalidade de investimento. Por causa desse período de dúvidas, houve uma queda na arrecadação. Em 2013, a previdência enfrentou sua maior crise em 20 anos, com os resgates superando as contribuições, em determinado período. O alongamento na aplicação de recursos torna os investimentos voláteis, porque o Brasil não tem estabilidade na curva de juros de longo prazo. Agora, depois que a situação foi contornada no curto prazo, a proposta agora é aprovar junto ao governo regras de alongamento e desindexação para aplicação de recursos em fundos de investimento e em modalidade de renda fixa.

 O VII Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada será realizado entre os dias 28 e 29 de outubro, das 8 às 19 horas, no Hotel Unique, localizdo na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 4700, Jardim Paulista.

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