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Estudo da Marsh aponta menos interesse em investir no Brasil

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Estudo da corretora de seguros norte-americana Marsh revela que o aumento das tensões geopolíticas, violência política e movimentos separatistas, combinados com a queda dos preços das commodities, estão agravando os riscos políticos e trazendo mais desafios para os investidores no mundo todo. O Brasil, segundo o Mapa de Risco Político 2015, passou para o bloco dos países emergentes que não apresentam grandes oportunidades para investidores, ao lado da Rússia e da África do Sul.

Elaborado com base em dados do Business Monitor International(BMI), consultoria do grupo Fitch, o documento da Marsh diz que há razão para ser cético sobre as perspectivas de reforma no Brasil e na África do Sul, onde os líderes incumbentes aparecem menos comprometidos com as reformas econômicas. De acordo com o BMI, China, Índia e Indonésia são os países que apresentam boas perspectivas para promover reformas econômicas. Apesar da análise negativa, o Brasil ficou na lista das nações com riscos político, macroeconômico e operacional médios para investimentos.

A Rússia foi classificada da mesma forma e que a África do Sul em um grupo de mercados um pouco mais instáveis. Indicadores do mapa apontam que a Rússia continua a ser mais problemática, em parte devido à anexação da Crimeia, o que resultou em sanções econômicas impostas pelos os Estados Unidos e governo europeus.

Desafios
Ao analisar o grau de exposição de 170 países com base em três indicadores: risco político, risco macroeconômico e risco operacional durante o ano de 2014, o mapa menciona, entre as principais conclusões, que a queda dos preços do petróleo pode beneficiar muitos países importadores e a economia global como um todo. Mas alerta que um período prolongado de preços mais baixos pode impactar negativamente os países que dependem fortemente de receitas de exportação do produto para equilibrar os orçamentos. Neste cenário, o mapa classifica Angola, Chade, Guiné Equatorial, Irã e Venezuela como sendo de “risco grave” de uma maior deterioração em seus perfis de risco político.

Além disso, a violência política é uma preocupação no Oriente Médio e Norte da África (Mena), Ucrânia, Tailândia e Hong Kong, como foi em 2014, de acordo com o relatório da Marsh. E adverte que outros países podem ser suscetíveis à agitação e à violência em 2015, particularmente onde as populações estão cada vez mais preocupadas com a economia.

Em 2015, a tendência é de crescente continuação dos riscos políticos em muitas partes do mundo, na avaliação da Marsh. Por conta disso, acrescenta que as organizações multinacionais precisam ficar à frente das principais questões que afetam os países e regiões em que operam. E necessitam estruturar amplos planos para fazer frente aos riscos e proteger os seus interesses estratégicos. E em 2017, segundo o estudo,
será um ano crucial para riscos políticos com uma série de eleições internacionais programadas na França, Alemanha, Hong Kong, Irã e Coréia do Sul, por exemplo, entre outros países.

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