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Como baratear o seguro

Fonte: O Estado de São Paulo

Abrir mão de extra se instalar rastreador são algumas opções

Na hora de adquirir um novo veículo, uma das principais preocupações é com o seguro, pois há casos em que a apólice chega a custar um terço do valor do carro. Como não dá para ficar sem essa proteção, o segurado pode lançar mão de alguns artifícios para reduzir os custos da cobertura. Ter um bom histórico no banco de dados da seguradora e aceitar a instalação de um rastreador são bons exemplos

Diretor da corretora Resicor, Marco Aurélio Lopes dos Santos diz que é fundamental comparar valores e os tipos de cobertura disponíveis. Após escolher a mais adequada, o interessado pode abrir mão de adicionais pouco importantes para suas necessidades. Para famílias que têm mais de um veículo, por exemplo, dispensar o carro reserva é uma boa opção

A proteção para itens como vidros, lanternas, faróis e retrovisores também costuma ser deixada de lado por quem quer pagar um prêmiomais em conta. A redução do valor da cobertura para terceiros também é bastante comum.

Foi o que fez o músico Ari Teresiano, dono de um Voyage 2009. No ano passado, ele havia pago R$ 1.200 pela apólice do Volkswagen. Há poucos meses, quando procurou o corretor para renovar a cobertura, ele teve uma surpresa desagradável. As cotações indicavam que o preço da apólice havia quase dobrado para R$ 2.300.

Ele acredita que o aumento teve a ver com o fato de seu filho ter completado 18 anos. Isso embora o rapaz não tenha sido incluído no prontuário da companhia como um dos motoristas do veículo.

“Ter filhos, principalmente do sexo masculino e com menos de 25 anos representa maior risco. Por isso, o preço sobe tanto”, afirma Santos

Teresiano abriu mão de carro reserva, proteção de vidros, lanternas e faróis e reduziu a cobertura contra terceiros de R$ 75 mil para R$ 50 mil. Com isso, o preço do seguro do sedã baixou para R$ 1.830.

Carros com altos índices de roubo e furto, cujos seguros são mais caros, podem ter os valores das apólices reduzidos em até 30% ao receberem rastreadores. A seguradora instala o dispositivo por meio de comodato e o cliente só devolve se rescindir o contrato.

HISTÓRICO

Quanto mais tempo o segurado ficar sem acionar a companhia, maior será o bônus na hora da renovação. “Além do desconto por ‘bom comportamento’,ele carrega esse histórico ao trocar de seguradora, garantindo os benefícios e descontos na nova apólice”, diz o diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas.

Apólice deverá baratear com ‘Lei do desmanche’

● A “Lei do Desmanche”, como ficou conhecida a lei 12.977 aprovada em maio pela presidente Dilma Rousseff, já está em vigor no Estado de São Paulo. Atémaio deste ano, a versão federal da nova regra deverá ser regulamentada. “A expectativa é que o preço do seguro caia”, diz o diretor executivo da FenSeg, Neival Freitas.

De acordo com ele, essa queda poderá ser sentida a partir de 2016. “Ainda não dá para prever quanto o preço da cobertura vai cair, mas, na Argentina, onde há lei semelhante, houve redução de 50%.”

s empresas que trabalham com a desmontagem de veículos precisarão ter aprovação da Secretaria de Segurança para funcionar. Cada carro “desmanchado” terá as peças registradas, marcadas e incluídas em um banco de dados nacional. “Assim, será possível saber a procedência, o que reduzirá o número de roubos de veículos que vão para desmanches (clandestinos).”

Os componentes usados serão revendidos para o mercado de reposição, o que deve reduzir o custo da manutenção. “Os de segurança serão encaminhados à fabricante do veículo,para que sejam remanufaturadas. Em seguida, serão colocadas novamente à venda, com garantia”, diz o especialista

Segundo a FenSeg, atualmente, 50% dos veículos roubados no País não são recuperados

ADICIONAISMAISCOMUNS


●CARRO RESERVA

Neival Freitas, da FenSeg, diz que o direito ao benefício é definido na assinatura do contrato. Há quem opte por usá-lo apenas em caso de roubo ou furto do carro segurado. Outros preferem ter o serviço se o veículo coberto pela apólice sofrer colisão. É possível ter direito ao serviço nos dois casos e até estendê-lo a terceiros envolvidos em acidentes,

por exemplo.O preço varia de acordo coma seguradora e o perfil do usuário.


● SOCORRO 24 HORAS

A maioria opta por ter esse serviço, já que trata-se de garantir assistência em situações diversas, como falta de combustível e panes mecânicas. Se for o caso, o carro pode ser removido por guincho.


● LEVA E TRAZ

Funcionários da segurador a levam o carro à revisão, por exemplo.Também podem buscar o veículo no local em que ele quebrou, no caso de usuários que estão viajando.


● MOTORISTA AMIGO

Quem fica impossibilitado de guiar após beber ou fazer um exames médico, por exemplo, pode contar com a ajuda de um funcionário da seguradora para levá-lo para casa.


● REPAROS DOMICILIARES

Pequenas necessidades do dia a dia, como a troca de um chuveiro ou a instalação de eletrodomésticos, estão incluídas no pacote. Pode-se até usar o serviço para remover vírus de computadores.


Os tipos de cobertura

As coberturas contra roubo, furto, colisão e incêndio do veículo, que incluem proteção contra alagamentos e queda de árvores, são as mais contratadas pelos consumidores brasileiros. “Cerca de 90% são deste tipo, que é conhecido como compreensiva”, explica o diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas

“Dá para fazer seguro só contra roubo e furto, ou incêndio, mas isso é pouco usual”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo (SincorSP),Alexandre Camillo. “A diferença de preço é pequena e, portanto, o custo-benefício não vale a pena”, acrescenta.

De acordo com o executivo, é também bastante comum contratar, adicionalmente, proteção contra incidentes envolvendo terceiros, além de assistência 24 horas.

A cobertura contra terceiros abrange, geralmente, danos materiais, pessoais e até morais. Na assistência 24 horas, são diversos os serviços(veja no quadro à esquerda). “Há desde guincho até opção de hospedagem, caso ocorra um incidente com o veículo durante uma viagem”, afirma Camillo.

Outra facilidade é ter carro reserva não apenas para o segurado, mas também para o terceiro envolvido no acidente.

A cobertura para acessórios também é contratada atualmente pela maioria dos segurados. “A para vidros, por exemplo, vale muito a pena, pois inclui também proteção para retrovisores, faróis e lanternas, muito suscetíveis a pequenas batidas no dia a dia.”

Segundo os especialistas, procurar um corretor é essencial – instituições bancárias também vendem o serviço. “Esse profissional vai identificar quais são as necessidades do cliente para chegar a uma cobertura ideal”, diz Camillo.

Freitas acrescenta que o corretor será essencial na hora de fazer a renovação do seguro, um processo anual. “Inclusive, se durante o contrato houver qualquer mudança nas informações fornecidas pelo segurado, como de endereço, o corretor deve ser imediatamente avisado, para que possa atualizar os dados junto à seguradora.”

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