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Joias e obras de arte devem ter coberturas específicas

Fonte: Valor Econômico

O seguro de residência costuma ter entre suas coberturas não só a estrutura do imóvel, mas também seu conteúdo. Para residências de mais alto padrão, que abrigam joias valiosas e obras de arte, no entanto, é preciso contratar uma cobertura específica dentro do seguro da casa ou até uma apólice separada.

"Além das coberturas de incêndio, dano elétrico e assistências, é possível contratar uma cobertura acessória para roubo, dano e incêndio para obras de arte, conhecida como 'all risks'", explica Guilherme Olivetti, gerente de produtos patrimoniais de pessoas da Chubb Seguros.

Para joias, a cobertura do seguro vale para dentro e fora da casa. "O cliente pode fazer a contratação da cobertura tanto para proteger a joia de roubo dentro de casa quanto no trânsito", diz o gerente da Chubb, seguradora americana conhecida por dar cobertura para clientes de mais alta renda.

Nestes casos, as seguradoras costumam fazer um levantamento das peças e de seus valores para especificá-los na apólice.

O valor da cobertura, segundo Olivetti, pode variar de acordo com a segurança da casa e a concentração dos objetos. "O cliente pode pagar de 0,01% até 1,5% em relação ao montante da cobertura", diz. Uma coleção avaliada em R$ 5 milhões espalhada em 200 peças é diferente de uma coleção avaliada pelo mesmo valor em três peças, exemplifica. "Um canto da casa que pega fogo pode queimar um quadro e causar uma perda grande [para a seguradora]. Já se o valor de cobertura está distribuído em várias peças pela casa, o risco é diferente", exemplifica.

Há coberturas especiais também para outros objetos valiosos. "As coberturas acessórias podem se estender para diversos bens. Muitos clientes estão praticando ciclismo com bicicletas especiais, que podem ser incluídas no seguro residencial, tendo cobertura para dentro e fora da casa, inclusive", diz Olivetti.

Outra cobertura que as seguradoras de varejo não oferecem é a de alagamento. "Não é uma cobertura padrão, mas de nicho", diz Manes Erlichman, sócio e diretor da corretora Minuto Seguros. Ele explica que o princípio do seguro é mutualismo: muitos pagam para alguns usar. "Se apenas pessoas que moram em área de risco contratarem, isso não funciona. O seguro tem como premissa o imprevisto e a aleatoriedade", diz.

O gerente da Chubb explica que a cobertura de alagamento e desmoronamento não são comuns, mas a seguradora pode oferecer após fazer uma avaliação e inspeção de risco na residência, tanto da parte estrutural quanto do conteúdo.

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