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CNSeg estuda organizar banco de reclamações

Fonte: Jornal do Commercio - RJ 

Instalação de uma central de dados sobre o descontentamento do consumidor é considerado um dos pilares para a autorregulação de setor proposta pela entidade

As seguradoras querem avançar no campo da relação de consumo, independente das normas emanadas pelos órgãos supervisores. A afirmação foi feita pela diretora-executiva da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Solange Beatriz Palheiro Mendes, ao comentar a criação de um banco de dados destinado a reunir todas as reclamações avaliadas pelas ouvidorias das empresas do mercado segurador.

Anunciado no início desta semana, durante evento em comemoração ao Dia do Ouvidor, promovido pela CNSeg, o banco de dados será um dos pilares de sustentação do projeto de autorregulação que a entidade idealiza.

Solange Beatriz assinalou ainda que, a partir do banco de dados, a CNSeg irá apurar quais são as principais demandas dos consumidores, se são contumazes e frequentes, e recomendar as empresas, se necessário, a alterar procedimentos, mesmo se houver amparo da lei para mantê-los. “O consumidor perceberá mudanças
na qualidade do atendimento a partir dessa iniciativa”, garantiu.

Presente ao evento, o titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Roberto Westenberger, elogiou a medida, observando que a iniciativa das seguradoras demonstra a “extrema boa vontade” do mercado em aperfeiçoar o relacionamento com os consumidores. “Isso pode também ter efeito prático na diminuição dos prazos de liquidação dos sinistros e nas demandas judiciais ou administrativas, ampliando a confiança na instituição seguro”, disse.

Ele acentuou ainda que a Susep “aplaude e apoia” a autorregulação do mercado e citou a decisão da autarquia de aprovar a instalação da primeira autorreguladora do segmento da corretagem de seguros, denominada Ibracor.

Senacon apoia
Já a titular da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva, lembrou que os consumidores sempre têm “a esperança de que a conduta de mercado mude”, e acrescentou que o regime da autorregulação tende a ir sempre além do que já está normatizado. “Para o consumidor, ter a segurança gerada por ações simples, mas efetivas, é importante”, afirmou. Para ela, sendo o seguro é um produto relevante na vida do consumidor, as ações anunciadas pelas seguradoras são vistas como benéficas para a melhoria do mercado. “E tem nosso apoio”, concluiu Juliana Pereira.

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