Estudo da AGCS aponta perdas menores em 2014 no seguro de transporte marítimo

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Estudo recém-divulgado pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) mostra que as perdas no seguro de transportes marítimos continuam apontando tendência de queda. Com apenas 75 ocorrências reportadas no mundo, 2014 fechou com perdas 41% abaixo da média de 127 notificações dos últimos dez, tornando-se o ano mais seguro para o setor no período.

Mais de 33 dos sinistros totais de 2014 ocorreram nas regiões marítimas do Sul da China, Indochina, Indonésia e Filipinas (17 navios) e Japão, Coréia e Norte da China (12 navios). Embarcações pesqueiras e de carga representaram mais de 50% do total. A causa mais comum dos prejuízos foi o naufrágio, perfazendo 65% das perdas em 2014 (49 embarcações). Com 13 navios destruídos, o encalhamento foi a segunda causa mais comum, tendo o fogo e explosões (quatro navios) em terceiro. Esses números vêm caindo de maneira significativa a cada ano, segundo o levantamento da AGCS.

O relatório revela ainda que em 2014 houve 2.773 incidentes de navegação em todo o mundo. O Leste do Mediterrâneo e a Região do Mar Negro foram os locais de maior ocorrência (490), 5% a mais, se comparado ao ano anterior. As Ilhas Britânicas, o Mar do Norte, o Canal Inglês e a Baía de Biscay ficaram em segundo lugar (465), mais de 29%, e também foram os locais de maior número de notificações durante a década passada.

Transporte de passageiros

Enquanto a queda em longo prazo nas perdas de embarcações é vista como encorajadora, acidentes recentes como o Sewol e o Norman Atlantic aumentam, novamente, as apreensões sobre o treinamento e o preparo para emergência em navios de transporte de passageiros, três anos após o desastre do Costa Concordia.

Sete navios de passageiros foram perdidos em 2014, configurando quase 10% das perdas totais. Líder global de Produtos, Responsabilidade e de Casco Marítimo da AGCS, Sven Gerhard assinala que a construção da embarcação, em muitos casos, não é o único ponto fraco.