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GP negocia entrada na Brasil Insurance

 Fonte: Valor Econômico

A gestora de fundos de participações em empresas (private equity) GP Investimentos negocia, em caráter exclusivo, um aporte de capital na holding de corretoras de seguros Brasil Insurance. A proposta inclui a reformulação da estrutura de governança da companhia e dos incentivos aos sócios corretores. Caso o negócio for adiante, a GP pagará o equivalente a R$ 3 por ação para deter uma participação minoritária na empresa. O valor é 5,4% inferior à cotação da BR Insurance no pregão anterior ao anúncio, quando os papéis fecharam a R$ 3,17.

A participação que a GP pode deter na companhia não foi revelada, mas deve ser relevante o suficiente para a gestora passar a dar as cartas na companhia. A BR Insurance também não divulgou se os atuais acionistas terão direito de preferência no aumento de capital caso o negócio seja fechado. A Brasil Insurance foi criada a partir da fusão de 27 corretoras de seguros em uma holding que abriu o capital em 2010 na BM&FBovespa. Após a oferta de ações, partiu para aquisições e hoje reúne 52 instituições. A companhia, porém, teve seu modelo de negócios questionado pelo mercado no ano passado, quando perdeu mais de 80% do valor de mercado, depois de apresentar grande perda do valor dos ativos e o cancelamento de contratos. Na avaliação de analistas, faltou alinhamento entre o interesse de tantos sócios.

Com histórico de investir em companhias em dificuldade, a GP é vista como talhada para a missão de recuperar a BR Insurance. Mas antes terá de resolver uma questão interna, já que a gestora detém participação na Par Corretora de Seguros, uma sociedade com a Caixa Econômica Federal. Para evitar potenciais conflitos de interesse, a GP teria de vender a participação na Par ou unir as duas companhias, segundo uma fonte.

Uma eventual fusão, porém, pode disparar a cláusula do estatuto da Brasil Insurance que obriga qualquer acionista com mais de 20% do capital a realizar uma oferta por todas as ações – cláusula conhecida como “pílula de veneno” (“poison pill”). No caso da BR Insurance, o valor da oferta deve ser equivalente a 120% da cotação mais alta atingida nos últimos 12 meses, ou R$ 18,76, nas contas de um analista. Procuradas, a BR Insurance e a GP não comentaram o assunto.

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