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Receita de seguros avança 14,9% no primeiro bimestre

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Modulado no regime de prêmios capitalizados, VGBL volta a impulsionar setor que, sem o produto, avança apenas 2,7%, sentindo o impacto da retração econômica

Ao largo da crise econômica, a atividade de seguros brasileira, nas suas diversas modalidades, começou o ano em trajetória de crescimento. Em janeiro e fevereiro, as vendas, da ordem de R$ 25,935 bilhões, subiram 14,9% frente aos R$ 22,576 bilhões captados no primeiro bimestre de 2014, segundo dados recém-divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os sinistros atingiram R$ 7,599 bilhões, expansão de apenas 5,1%.

Os números da Susep mostram que o VGBL voltou a ser o motor do crescimento da atividade. O produto cresceu nada menos que 40,3% nos dois meses iniciais do ano, para R$ 10,264 bilhões, o equivalente a 40% do faturamento total das seguradoras. Sem esse produto, a expansão do mercado passa para 2,7%, refletindo o processo de desaceleração da economia brasileira.

Enquanto o VGBL cresceu acima de 40% até fevereiro, os produtos de pessoas subiram 5,6%, para R$ 4,443 bilhões. O seguro de vida, o principal da carteira, contudo, avançou 10,7%, com receita ao redor de R$ 1,906 bilhão. O comportamento do seguro de acidentes pessoais seguiu rota inversa, retrocedeu 7,5%. A receita diminuiu de R$ 835,1 milhões para R$ 772,6 milhões. Destinado a cobrir o saldo devedor de financiamento contraído pelo segurado em caso de morte ou invalidez, o prestamista cresceu pouco: 2,7%, para R$ 1,177 bilhão.

Automóvel

Ao sabor das vendas de veículos novos, que em janeiro e fevereiro caíram algo em torno de 20%, o seguro de automóvel sentiu os efeitos da desaceleração da indústria e cresceu apenas 3,9%, mesmo com os aumentos de preços ocorridos no período. A receita foi a R$ 4,847 bilhões, nas coberturas de casco, assistências e responsabilidade civil facultativa.

Fortemente influenciados pela retração industrial, a carteira patrimonial ficou estagnada no bimestre, aos R$ 2,023 bilhões, com a maioria produtos amargando fracos desempenhos. Entre os principais, a exceção foi o seguro de riscos operacionais, cuja receita aumentou 8,5%, para R$ 374 milhões. Já nos pacotes empresariais, os prêmios ficaram parados em R$ 324,2 milhões. O mesmo ocorreu com as apólices multirriscos residenciais, que, com R$ 380,9 milhões faturados, variou apenas 0,5% acima de janeiro e fevereiro de 2014. Já as vendas da garantia estendida recuaram 9,4% (R$ 525,4 milhões) e as dos riscos de engenharia despencaram 35,5% (R$ 67,3 milhões).

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