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Da exigência, do oportunismo e da responsabilidade

Fonte: Érico Melo - presidente do SINCOR-SE

Nos últimos dias os sindicatos de Corretores de Seguros de todo o país começaram a receber reclamações relatando dificuldades da categoria em efetivar operações de débito na conta de clientes do Banco do Brasil. O fato gerou revolta entre os corretores de seguros e foi tema de debate em diversos fóruns do setor, devido a ação oportunista utilizada por algumas agências que assediavam clientes que a procuravam para autorizar os débitos.

Não nos cabe discutir a exigência, que está disciplinada pela Resolução nª 3.695 de 26 de março de 2009 do Banco Central do Brasil que, no artigo 3º informa que: “É vedada às instituições financeiras a realização de débitos em contas de depósitos sem prévia autorização do cliente” e, no seu § 1º “A autorização referida no caput deve ser fornecida por escrito ou por meio eletrônico, com estipulação de prazo de validade, que poderá ser indeterminado, admitida a sua previsão no próprio instrumento contratual de abertura da conta de depósitos”.

Se indiscutível é a exigência e a legalidade, não se pode dizer o mesmo da postura de algumas agências que assediam clientes e de forma predatória oferecem seus serviços, que muitas das vezes não contam com coberturas idênticas ou superiores às contratadas, ludibriando segurados, preocupando-se tão somente com o alcance de metas e nunca com as necessidades dos clientes.

Diante da situação e da iminência dos demais bancos praticarem a mesma exigência, já que é uma resolução do BC, as seguradoras, principais afetadas, permanecem inertes. Os sindicatos se mobilizam na busca de informações e indicações de formas de minimizar o impacto e, enquanto isso, não vemos nenhuma movimentação das seguradoras no sentido de oferecer caminhos alternativos, como liberar o parcelamento sem juros no carnê, por exemplo.

A defesa dos interesses dos corretores de seguros é a nossa missão e, nesse caso, cabe-nos solicitar que as seguradoras contribuam efetivamente para a resolução do problema pois, como dizia minha avô, “quem pariu Mateus, que balance”.

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