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Operação Pavlova: superintendente recebia propina para evitar fechamento de seguradoras do RS

Fonte: Rádio Guaiba
 
Polícia Federal interrogou seis pessoas hoje e indiciou três delas
 
                Entre os bens apreendidos, há um veículo Mercedes Benz. Foto: Divulgação/PF

Liquidada em dezembro do ano passado, a Confiança Seguradora é uma das investigadas pela Polícia Federal pelo suposto repasse de recursos milionários ao ex-titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep) a fim de evitar o colapso financeiro da empresa. A Susep é o órgão nacional que regula o setor. Ex-superintendente do órgão, o gaúcho Luciano Portal Santanna, e o advogado especializado em direito empresarial, Gilmar Stelo, eram responsáveis por um esquema de propinas no ramo de seguros superior a R$ 5 milhões, entre 2012 e 2014. O advogado, de Marau, recebia propinas da Confiança Seguros e outra seguradora gaúcha, também já extinta, e fazia o repasse de valores superiores a R$ 20 mil por semana ao superintendente.

Hoje, a Polícia Federal realizou a 2ª fase da Operação Pavlova. O advogado, o ex-superintendente e mais quatro pessoas envolvidas no esquema foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal para prestar depoimento. Ninguém foi preso. O delegado da PF, Eduardo Dalmolin Bollis, explica que as duas empresas do ramo de seguros faziam as remessas para evitar o fechamento pelo órgão regulador. “O objetivo era evitar a insolvência das seguradoras porque elas estavam em péssima condição financeira. Assim, a Susep não interviu”, explica o delegado.

Assim que Luciano Portal Santanna foi destituído do cargo, em fevereiro de 2014, a Confiança Seguradora foi liquidada em processo judicial. Desde abril, a Polícia Federal apreendeu mais de 20 imóveis e carros importados que pertencem ao advogado de Marau nas duas fases da investigação. Hoje, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Santo Antônio da Patrulha. Foram apreendidos documentos, R$ 35 mil e um veículo Mercedes-Benz.

Stelo, Santanna e a irmã dele, que era sócia do superintendente em uma empresa, foram indiciados pela PF. Eles vão responder por corrupção, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. Quatorze imóveis em nome deles foram sequestrados, informou a corporação.

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