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Fenaprevi não desamina ante cenário recessivo

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Entidade diz que as empresas já estavam preparadas para os possíveis impactos da crise, ajudadas pela visão de longo prazo de um mercado que opera em previdência

A instabilidade na economia preocupa o mercado de seguros, mas suas lideranças alimentam a expectativa de um desempenho positivo nas vendas até o final do ano. O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Osvaldo do Nascimento, é um dos executivos que aposta na manutenção da tendência de crescimento observada nos números oficiais até maio, mesmo diante de um cenário adverso, com inflação e desemprego em alta, renda em baixa e Produto Interno Bruto (PIB) declinante. A atividade de seguros, em particular o segmento de pessoas e de planos de previdência privada, para ele, continua tendo fôlego para avançar. “As previsões para o setor não se alteraram”, sustenta.

Segundo ele, o mercado já estava preparado para os possíveis impactos da crise. “Sempre temos uma visão de longo prazo”, assinala ao expor sua crença no crescimento setorial, assunto sobre qual abordou em recente encontro em Belo Horizonte, promovido pelo Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG).

Apesar do prognóstico favorável, Osvaldo do Nascimento entende que, diante do atual cenário atípico, é preciso que o mercado fique “permanentemente atento” para os possíveis efeitos que a instabilidade econômica pode trazer para a atividade de seguros.

A avaliação de Osvaldo do Nascimento é otimista quando se refere em especial ao futuro dos seguros de pessoas e da previdência complementar aberta, segmentos em que a entidade pode colaborar como
seu desenvolvimento. De acordo com ele, a Fenaprevi está preparada para adotar medidas que ajudem a fomentar o mercado, incluindo o investimento em educação financeira e securitária, visando a conscientizar o cidadão sobre a importância do seguro, e ajudar na elaboração de novos produtos que atendam efetivamente às necessidades dos consumidores. Nascimento cita como exemplos o VGBL Saúde, em processo de regulamentação no Brasil, e o Universal Life, plano que permite a capitalização de parte do prêmio do seguro. Ambos têm similares bastante consumidos nos Estados Unidos e na Europa.

Outra prioridade da federação, segundo ele, é investir forte na qualificação do corretor de seguros por meio do processo de certificação. “Uma das nossas preocupações é com a formação e a capacitação dos corretores e forças de vendas. É preciso que todos estejam atentos para identificar o perfil de risco do cliente e o momento de vida daquele cidadão a fim de oferecer o produto mais adequado”, explica.

Canais alternativos

O presidente da Fenaprevi observa ainda que o uso de meios eletrônicos é essencial nesse processo porque “o torna mais eficiente e ágil para o cliente”. Para ele, o corretor que seguir esses passos com certeza será mais bem-sucedido no mercado.

Com relação ao cenário econômico brasileiro e à possibilidade de sua recuperação nos próximos meses, ele questiona o modelo implantado no País em contraponto ao adotado por outras nações, como a China. 

Na visão dele, o governo chinês acertou ao canalizar seus investimentos para a área de infraestrutura e fomento da indústria, enquanto o Brasil errou ao optar pelo estímulo ao consumo, incentivando o crédito. “Essa estratégia não se mostrou assertiva, já que o resultado é o que vemos hoje”, comenta, apontando, entre os resultados malsucedidos, o baixo crescimento do PIB, a volta da inflação, a perda de poder de compra dos salários e o aumento da dívida pública.

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