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Icatu se une a funerárias para vender seguros

Fonte: Valor Econômico

Empresas do ramo de serviços funerários podem ter muito mais a oferecer do que simplesmente lidar com a fatalidade. A perspectiva de expansão por meio de um negócio inédito no Brasil fez com que a Icatu Seguros se juntasse à G36, formada por 18 grupos de funerárias.

A base de 3,8 milhões de clientes espalhados por 500 municípios de 11 estados brasileiros fez brilhar os olhos da seguradora que vai poder expandir suas vendas de seguros nos segmentos de Vida e Previdência. Para se ter ideia da importância do ativo das funerárias, a própria Icatu, que é líder entre as independentes nesse setor, atende uma base de 4,3 milhões.

O contrato para a joint-venture será assinado hoje. Se a sociedade funcionar conforme o planejado durante os próximos dois anos, caminhará para a formalização da Ciclo Seguradora.

A Ciclo deverá iniciar as operações com capital de R$ 9 milhões de cada sócio. A nova empresa funcionará de forma independente, inclusive na criação de seguros específicos. Isso também significa que as bases de clientes também não serão incorporadas pela Icatu.

De acordo com Gustavo Germano, vice-presidente comercial da Icatu, a expectativa é fazer com que, ao final do primeiro ano de operação da nova seguradora, o faturamento já esteja na marca dos R$ 70 milhões, ou seja, contabilizando entre R$ 5,5 milhões e R$ 6 milhões mensais.

Para o início do negócio, serão ofertadas apólices que já estão no portfólio da Icatu. A capilaridade dos grupos funerários será essencial para a distribuição. Os produtos devem sair com o selo Ciclo, cuja marca já foi criada. Após a constituição da seguradora, os produtos passam a ser operados pela nova empresa.

A Icatu pretende desenvolver seguros modelados às necessidades dos clientes de cada uma das regiões em que os grupos funerário estão estabelecido. A maioria das funerárias atua fora dos grandes centros. Estão concentradas em cidades do Nordeste e no interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Formada em grande parte por famílias de baixa renda, são pessoas que têm pouco acesso a produtos que oferecem algum tipo de proteção financeira - segurança necessária principalmente no falecimento de um ente provedor.

"Vemos o setor funerário não como fim, mas como meio", disse Dilson Athia Filho, sócio da G36. "O potencial de crescimento do mercado de seguros é impressionante." A empresa no início abrigava 36 companhias e ostentava nada menos do que uma clientela de 6 milhões de pessoas.

A base ficou menor, mas, ainda assim, atrativa aos olhos de Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros: "O número de vidas é muito significativo." O negócio traz a oportunidade de acelerar o crescimento da companhia e consolidar a presença em vários estados em que as empresas funerárias estão estabelecidas.



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