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CONSEGURO: CNseg mantém previsão de crescimento de 12% para este ano

Fonte: Sonho Seguro

O mercado segurador mantém a projeção de crescimento de 12% para 2015 mesmo diante da crise que se agravou no país neste segundo semestre. “Quanto a 2016, estamos nos reunindo para discutir o nosso planejamento e em breve divulgaremos o resultado desse estudo”, disse Marco Antonio Rossi, presidente da CNseg, durante coletiva de imprensa ao lado dos presidentes das quarto Federações (FenSeg, Fenasaúde, FenaCap e FenaPrevi).

Questionado sobre o posicionamento da CNseg diante das medidas anunciadas ontem pelo governo na busca do ajuste fiscal em 2016, Rossi afirmou que os anúncios recentes, como criação da CPMF, são ajustes necessários diante da crise que o Brasil enfrenta. Segundo ele, o esforço do setor está concentrado em levar novos produtos aos consumidores, expandir a base de distribuição, investir em pessoas e em educação financeira para que a indústria siga crescendo no ritmo de dois dígitos observado na última década. “Enxergamos a manutenção do nosso desempenho para os próximos. Na classe C já avançamos muito e é isso que tem alavancado nosso crescimento. 2016 é desafiador, porém estamos otimistas”.

Osvaldo Nascimento, presidente da FenaPrevi, concorda. “O nosso setor trabalha com iniciativas de longo prazo e por isso não se abala tanto com os ciclos econômicos”, afirmou. Citou o VGBL Saúde, que levou oito anos para ser aprovado pela Câmara e agora está no Senado para avaliação. “Nossas ações não são para amanhã. São para a próxima década”. Nascimento também ressaltou a participação do setor junto ao governo. “Desde o inicio do governo Lula o mercado participou do comitê de desenvolvimento social e também da reforma da previdência pública com outros agentes do mercado como Febraban, Anbima entre outros”, citou. Também enfatizou que o setor depende da economia, de emprego, de regras estáveis e também do bom funcionamento do mercado de capitais.

 Roberto Westenberg, titular da Susep, acrescentou que uma das ações efetivas entre as conversas da iniciativa privada com o governo foi o avanço das discussões do produto de longevidade para os fundos de pensão, que deve começar a ser comercializado em 2016. Comentou também sobre o seguro de garantia para obras, com apólices mais elaboradas, sobre o avanço das discussões sobre o VGBL Saúde e até mesmo do VGBL tradicional que também passa por análises da Susep para alongamento das aplicações, um item solicitado pelas empresas ao órgão regulador.

Paulo Marraccini, presidente da Federação Nacional de Seguros Privados (FenSeg), citou as reivindicações do setor para elevar o percentual de 5% da participação do seguro garantia na estrutura de financiamento de projetos de infra-estrutura. Citou que a Federaçãom também participou das discussões para modificações no resseguro divulgadas pela Susep em julho. “São ações pró-ativas, que nos ajudam a manter o crescimento de seguros gerais”, disse ele, citando como inovação as discussões sobre o seguro ambiental. “Trata-se de um nicho importante para as empresas, principalmente para o descarte de peças de carros envolvidos em acidentes. Temos de seguir a tendência mundial de reaproveitar as peças como em outros países. A educação financeira também está na nossa agenda, inicialmente com o lançamento de cartilhas, com intuito de difundir seguro de automóvel e residencial, por exemplo”, citou. 

Marcio Coriolano, presidente da Federação Nacional das Empresas de Saúde (FenaSaúde), comentou que o Brasil vive um período de ajuste para permitir que o pais retome o crescimento e assim possa recuperar a confiança do setor privado. Com relação ao setor de saúde, ele destacou a resiliencia do setor de saúde suplementar, com as reservas técnicas que representam 40% de todo o setor. “É óbvio que afeta o setor, que depende da economia para se expandir, e temos notícias de uma ou outra companhia em dificuldades diante desse cenário de dificuldades”, cita. 

No entanto, acrescentou, saúde é um dos objetos de desejos da população e por essa razão seguirá crescendo. Para ele, a demanda por saúde continua aquecida, principalmente no nicho de pequenas e médias empresas. “Entregamos ao ministro Levy a redução de insumos que encarecem a conta do setor, que precisam de uma política de maior transparência de preços e para que os médicos possam prescrever terapias mais adequadas. Estamos fazendo nossa lição de casa e precisamos que o governo também faça a dele”, acrescentou, lembrando que a Unimed Paulistana está sob intervenção da ANS há mais de três anos, sem ter sido afetada pela atual crise. “Porém, ninguém está inume à essa grave crise”, disse ele em tempo.

Marco Barros, presidente da Fenacap, disse que o crescimento do segmento de capitalização é previsto tanto para 2015 como para 2016. “Os números estão sendo revistos, mas em breve serão divulgados. Mas estamos avançando na divulgação do títulos de capitalização como um produto de fomento a poupança e também de incentivo para as empresas aumentarem suas vendas com a oferta de um título que oferece a possibilidade de sorteio ao seu cliente”, comentou. 

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