Breaking News

Crimes cibernéticos: perdas anuais vão a US$ 445 bi

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Relatório global sobre crimes cibernéticos da resseguradora Allianz Global Corporate & Specialty (ACGS), do grupo alemão Allianz, mostra que os ataques na internet são o tipo de ameaça que mais cresce no mundo, custando aproximadamente US$ 445 bilhões por ano, dos quais metade estão relacionados às dez maiores economias do planeta. No Brasil, citando o estudo ‘Managing cyber risks in an interconnected world’, da PWC, a ressegurado revela que os ataques na internet aumentaram 48% no ano passado. E indica que o número de incidentes cibernéticos detectados subiu para 42,8 milhões em relação a 2013, o equivalente a 117,39 novos ataques diários.

O presidente da AGCS, Chris Fischer Hirs, conta que os ataques cibernéticos, há 15 anos, eram rudimentares e ações típicas de ativistas hackers. Mas, segundo ele, com a interconectividade crescente, a globalização e a comercialização dos crimes cibernéticos houve um aumento tanto na frequência como na severidade dos ataques. “A AGCS enxerga uma demanda crescente por esses serviços e nós estamos comprometidos a trabalhar com nossos clientes para entender e responder melhor ao aumento da exposição aos riscos cibernéticos”, diz o executivo.

Denominado ‘Um Guia para os Riscos Cibernéticos: Administrando o Impacto da Interconectividade Crescente’, o relatório da Allianz vislumbra a acelerada expansão do seguro contra riscos cibernéticos, atribuída a uma crescente conscientização sobre a exposição no meio digital e a mudanças regulatórias. Com
poucas empresas oferecendo, hoje, apólices específicas para esse tipo de risco, não mais que 10% das existentes no mundo, a resseguradora alemã estima que a receita de prêmios captada pelos seguros contra riscos cibernéticos pulará de US$ 2 bilhões para US$ 20 bilhões anuais na próxima década, taxa de crescimento anual de mais de 20%.

Novas ameaças

Segundo o relatório, a nova geração de riscos cibernéticos aponta para um quadro muito mais complexo ante o que até então mais chamava a atenção: o de vazamentos de dados. As ameaças futuras estarão relacionadas ao roubo de propriedade intelectual, à ciberextorsão e ao impacto da interrupção das operações ou falhas técnicas causadas por um ciberataque.

Na avaliação da Allianz, o foco do seguro contra riscos cibernéticos precisa evoluir para prover uma cobertura mais abrangente e completa ao incluir interrupções de operações e estreitar os espaços entre a cobertura e políticas para regulação da tecnologia.

O aumento da interconectividade nos dispositivos do dia a dia e da confiança na tecnologia, tanto no âmbito pessoal quanto no corporativo, resultará em futuras vulnerabilidades, segundo o relatório, que aponta: “Algumas estimativas sugerem que um trilhão de dispositivos poderão estar conectados até 2020 e preveem ainda que mais de 50 bilhões de máquinas estarão trocando dados diariamente”.

Com o grande número de ocorrências de vazamento de dados, a Allianz acredita que a probabilidade de perdas catastróficas tem aumentado. Como será essa perda, entretanto, considera difícil de prever. Os cenários incluem ataques à infraestrutura central da internet e até mesmo a empresas de energia ou utilidade pública, podendo resultar na escassez de serviços e na possibilidade de perdas de vidas no futuro.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario