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Novas ações em prol dos massificados

Fonte: CNseg

Cartilha para explicar características de seguro e relatório estatístico marcam esforço pelo crescimento de apólice massificada

Duas ações institucionais da FenSeg- o lançamento de uma cartilha sobre o seguro residencial; e a criação uma série estatística que, pela primeira vez, lista a quantidade de imóveis protegidos contra incêndio, queda de raio e explosão, as coberturas básicas dos produtos disponíveis nas gôndolas das seguradoras- buscam dar uma nova dinâmica comercial a esta apólice de massificados.

A cartilha, em suas 18 páginas, reúne um sem-número de informações para ampliar o conhecimento dos segurados, ao listar as coberturas básicas e adicionais oferecidas, além de fazer um apanhado dos direitos e deveres dos clientes. Já o relatório estatístico- mostra que, de um total de 68 milhões de domicílios, apenas 9,1 milhões têm seguro residencial- dá uma clara imagem do potencial do mercado e confirma a condição de País subsegurado em ramos elementares, lembra presidente da FenSeg, Paulo Marraccini. O Brasil é o 12º no ranking mundial de receita de prêmios, mas o 44º em consumo per capita, acrescenta.

As iniciativas foram apresentadas e discutidas durante o “Workshop temático para jornalistas”, evento ocorrido nesta terça-feira, em São Paulo, para discutir as perspectivas dos seguros massificados no País. O encontro, promovido pela FenSeg e CNseg, reuniu cerca de 30 pessoas participantes- a grande maioria jornalistas.

Aberto pelo presidente da FenSeg, Paulo Marraccini, o seminário contou com três palestras destinadas a dar uma visão plena do mercado de massificados. A primeira- 'O seguro massificado no Brasil'- foi apresentado pelo diretor executivo da FenSeg, Neival Freitas; a segunda- 'A importância da informação para o consumidor'- ficou a cargo de Daniel Silveira, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg; a terceira- 'Análise do Seguro Residencial no Brasil'- teve como palestrante o executivo Cláudio Cabral Assunção, membro da Comissão de Riscos Patrimoniais-Massificados (CRP-M).

Em sua fala, Paulo Marraccini destacou a educação do consumidor como uma importante aliada para a expansão de seguros gerais. Para ele, o conhecimento, quanto maior, será fundamental para que os consumidores requisitem mais seguros. Até lá, por falta de conhecimento, haverá quem acredite, equivocadamente, que o preço do seguro residencial represente múltiplos do valor da apólice de automóvel, outro seguro massificado tradicional, tendo em vista os capitais segurados. Na verdade, o seguro residencial é extremamente mais barato que a apólice de automóveis, porque tem baixa taxa de sinistralidade. “No residencial, o preço não assusta ninguém. Porém, as pessoas continuam a acreditar que existe uma proporcionalidade de capitais segurados entre as carteiras de residência e de automóveis. Isso não é verdade, mas contribui para a baixa taxa de penetração da apólice para domicílios”, reconhece Neival Freitas, para quem uma melhor divulgação dos produtos e o treinamento dos corretores de seguros devem favorecer a expansão das vendas.

Na média, um bom seguro de residência custa R$ 250 por ano, colocando sob a proteção da seguradora riscos inesperados e onerosos para a maioria das pessoas, como as despesas de reconstrução do imóvel danificado ou destruído. O prêmio oscila de algo entre 0,2% a 0,5% dos capitais segurados.

Danilo Silveira, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg, detalhou as principais características do seguro, tomando como base a cartilha “Entendendo o seguro de sua residência”, uma ação conjunta da CNseg e FenSeg. A cartilha, além da imprensa, será repassada a consumidores, poderá ser customizada pelas seguradoras, estará disponível no Portal da CNseg e será distribuída aos Procons, a fim de ampliar o conhecimento de seus técnicos.

O seguro residencial, além das garantias básicas de danos causados por incêndio, queda de raio, explosão e fumaça de qualquer natureza, oferece diversas coberturas adicionais, como despesas de aluguel, se houver dano que torne o imóvel incapaz de ser habitado; danos elétricos, um dos mais frequentes da carteira; danos de causas naturais (causados por eventos como vendaval, furação, tornado, queda de granizo e desmoronamento), roubo e furto de bens; e responsabilidade civil familiar, por exemplo.

Dada a gama de coberturas adicionais, é aconselhável que os clientes recorram aos corretores para adquirir um seguro adequado às suas necessidades.

Na cartilha, é explicada a diferença entre os seguros residencial (cobre danos ao imóvel), habitacional (obrigatório nos empréstimos de financiamento de imóvel e destinado à garantia do prédio) e de condomínio (também é obrigatório e oferece cobertura para incêndio, queda de raio e explosão de áreas comuns de prédios e condomínios).

Apesar disso, o seguro residencial ainda engatinha no mercado, considerando os números apurados no relatório estatístico da FenSeg. A taxa de penetração do seguro é da ordem de 13,3% no País, considerando-se os 68 milhões de imóveis listados, dos quais 9,1 milhões segurados. O prêmio anual gerado é da ordem de R$ 2,2 bilhões.

O Sudeste, com R$ 1,5 bilhão, ao lado do Sul, com R$ 427 milhões, são as duas regiões que concentram o grosso da receita, informa o executivo Claudio Cabral Assunção. Mesmo assim, em termos de unidades de moradias existentes, a cobertura do produto é limitada. No Sudeste, representa um índice de penetração de 20,5% das moradias existentes (30 milhões na região); no Sul, a taxa é de 16,6% (são 10,3 milhões de domicílios). No Norte e Nordeste, a taxa é penetração está abaixo de 4%, chegando a 10,4% no Centro Oeste.

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