Presidente da Fenacor participa da abertura da 7ª Conseguro

Fonte: Monitor Mercantil

O presidente da  Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergilio, afirmou, nesta terça-feira, durante a solenidade de abertura da 7ª Conseguro, realizada pela CNSEg, em São Paulo, que o mercado de seguros tem grande contribuição a oferecer, especialmente neste momento de crise na economia, mas não o faz plenamente, como poderia, pois não consta da agenda do governo. "O governo não dá atenção adequada ao setor, que poderia cumprir plenamente a sua missão, se constasse de uma agenda positiva do governo, contribuindo, por exemplo, para a geração de poupança de longo prazo e de empregos e para o aumento da arrecadação de impostos", frisou. 

Armando Vergilio acentuou que não estava fazendo referência direta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a quem disse admirar por "fazer de tudo" para o Brasil superar a crise. "Refiro-me a quem passou por ali nos últimos anos e suas equipes, para os quais o setor de seguros, por crescer na faixa de dois dígitos há tempos, não precisa de atenção", acrescentou.

Para o presidente da Fenacor, esta visão é equivocada, pois o mercado poderia estar ajudando muito mais.

Vergilio destacou o fato de o setor vir crescendo muito acima do PIB há mais de uma década, com incremento médio anual de 14%. Na avaliação dele, isso ocorre, porque, cada vez mais, a sociedade está se conscientizando de que pode confiar no seguro e nos seus operadores. "Os brasileiros passaram a entender que o seguro protege e ampara as famílias e as empresas nos momentos mais difíceis e é vital para o governo, como garantidor da conclusão de grandes obras públicas."

Para ele, é possível dizer que, se o mercado brasileiro estivesse atuando em sua plenitude, provavelmente seria possível evitar esse trágico rebaixamento da nota de crédito do Brasil, feito pela Standard &Poors, pois, a capacidade de o país cumprir suas obrigações estaria assegurada pela maior garantia que poderia haver, inclusive aquela também oferecida pelo seguro.

Por fim, o presidente da Fenacor citou duas propostas "do bem" que enfrentam resistências no governo, embora tenham aspectos que trazem benefícios para toda a sociedade. "O Projeto de Lei de autoria do deputado Lucas Vergilio (SD-GO) que regulamenta o "VGBL Saúde", foi aprovado na Câmara, enfrentando resistências no governo, e agora está no Senado. É um produto do bem. O Governo precisa dialogar e, se for o caso, negociar ajustes. Já a Lei do Desmonte, outro projeto do bem, tem o cidadão como o maior beneficiado", declarou Armando Vergilio.