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Para especialista, gestão de saúde pede olhar estratégico

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Segundo maior custo dentro de uma empresa, depois da folha de pagamento, a assistência médica requer uma boa gestão. E nesse processo, a sócia-fundadora e presidente da Gesto Saúde e Tecnologia, Fabiana Salles, conta que para uma empresa atuar na saúde dos empregados e promover qualidade de vida é preciso que os gestores tenham conhecimento sobre sua população interna e transformem isso em programas de saúde. Segundo ela, o objetivo é controlar as variáveis para que o menor número de pessoas seja acometido por doenças graves ou crônicas.

Nessa linha, a executiva adverte, por exemplo, que cinco fatores de risco acumulados agravam o custo médico assistencial em 115%. Agora, quando um fator de risco é retirado ou controlado, o custo médico assistencial cai 36%. “Cerca de 42% dos pacientes que consomem como doentes crônicos não tem uma patologia instalada, aproximadamente 38% dos pacientes contumazes são também absenteístas frequentes e 26% dos pacientes contumazes estão doentes e ainda não encontraram atendimento de saúde adequado”,  estaca a executiva, que falou sobre o assunto no 15º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida realizado dias atrás, em São Paulo.

Sobre o impacto financeiro da saúde e da qualidade de vida, o diretor Comercial e de Marketing da Gesto, Fábio Diogo, que também esteve presente no congresso, revela que os gastos das empresas brasileiras com a saúde dos trabalhadores, segundo dados do Serviço Social da Indústria, somaram US$ 23,7 bilhões entre 2010 e 2014. Além disso, lembra que o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar prevê que a saúde fique 18,5% mais cara este ano.

Novo modelo

Para ele, diante desse cenário, fica claro que já não é mais possível levar em conta apenas o preço praticado para escolher entre um parceiro de saúde ou outro. “As operadoras precisam rever seu modelo de negócios, assim como as empresas devem olhar com estratégia a gestão de saúde”, aponta.

Hoje, ele conta que a área de recursos humanos (RH) leva entre 90 e 120 dias para receber os dados do que aconteceu na operadora. E, se aconteceu, já não há mais o que se possa fazer. Sendo assim, na sua avaliação, o modelo tradicional de checar o extrato de uso e de aumento de valor anual das operadoras de saúde para renegociar o preço já não se sustenta em uma economia que terá retração de 3%. “Ao realizar a gestão dessa forma, nada pode ser feito para otimizar os gastos e promover qualidade de vida aos casos mais complexos ou de colaboradores com doenças crônicas, por exemplo, porque eles já aconteceram”, explica o executivo.

Fábio Diogo diz que as grandes companhias e as operadoras de saúde devem perseguir o desenvolvimento de big data, para gerir de maneira eficiente os gastos e os programas com a saúde. Com a tecnologia aplicada, segundo ele, é possível aliar saúde e tecnologia e integrar os dados de toda a cadeia de saúde para
gerar mais eficiência na operação, menos desperdício e informações mais relevantes para tomada de decisões assertivas.

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