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Setor de seguros movimenta mais de R$ 73 bi em nove meses

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Faturamento continua a avançar abaixo da inflação medida pelo IPCA, se excluído das contas o desempenho do VGBL, plano previdenciário que vem subindo acima de 20%

A atividade de seguros fechou o acumulado em nove meses do ano faturando R$ 73,766 bilhões, 5,6% acima dos R$ 69,815 bilhões registrados um ano antes, excluídos VGBL e previdência privada, saúde e títulos de capitalização. O crescimento permaneceu abaixo da inflação do período, de 7,54% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 12 meses, encerrados em setembro, o faturamento das seguradoras chega a R$ 97,794 bilhões, alta de 6,8%. Os dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram ainda que as vendas no terceiro trimestre subiram 9,2%, para R$ 25,483 bilhões, contra R$ 23,326 bilhões registrados em idênticos meses do ano passado.

O segmento de seguros de pessoas foi o que apresentou o melhor desempenho de janeiro a setembro, entre os principais ramos de negócios do mercado. No conjunto, a expansão de 9,4% superou o IPCA. A receita
foi a R$ 21,881 bilhões, contra R$ 20,007 bilhões em igual período de 2014.

O principal produto do segmento de pessoas, o seguro de vida, respondendo por 41,6% do total da carteira, cresceu 11,8%, para R$ 9,095 bilhões. Com faturamento pouco superior a R$ 3,7 bilhões, os planos de acidentes pessoais recuaram 1,7%. Já o seguro prestamista, com R$ 6,013 bilhões, avançou 8,5% sobre os R$ 5,541 bilhões captados nos nove meses iniciais do ano passado. Quarto maior faturamento do segmento, cravado em R$ 1,313 bilhão, o seguro dotal, misto e puro, avançou nada menos que 20,3%.

Propriedade em queda

A sequência de altas verificada nos seguros de pessoas, não foi, contudo, seguida pelos produtos patrimoniais, tanto os destinados a cobrir bens pessoais quanto corporativos. No conjunto, eles mostram retração de 0,9%, com perdas de R$ 88 milhões. O faturamento caiu de R$ 9,449 bilhões para R$ 9,361 bilhões de setembro do ano passado para setembro último.

Entre os principais produtos do segmento de propriedades, o seguro residencial conseguiu uma pequena alavancagem de 3,5%, bem longe do IPCA de 7,54%, ao captar prêmios da ordem de R$ 1,779 bilhão de janeiro a setembro. Já o seguro de garantia estendida, que está diretamente ligado ao consumo de bens duráveis, despencou 15,8%, aos R$ 2,032 bilhões. No mundo corporativo, a cobertura de riscos de engenharia desceu 10%, aos R$ 391,4 milhões. O mesmo aconteceu com os pacotes empresariais, que caíram 0,7%, ao atingir R$ 1,506 bilhão. Os riscos operacionais, ao contrário, avançaram (5,4%), embora abaixo da inflação, com prêmios R$ 1,956 bilhão.

O desempenho de produtos vinculados ao automóvel também não foi nada animador, a reboque da retração que castiga a indústria automotiva no País. Em nove meses, o seguro e casco de veículo subiu apenas 4%, com faturamento batendo em R$ 16,836 bilhões. O seguro de acidentes pessoais de passageiros cresceu ainda menos: 2,9%. Ainda assim, acima da expansão de 1,3% observada na responsabilidade civil facultativa de veículos. As coberturas de assistências foram as que apresentaram ganho em nove meses, ao avançar 11,2%, para R$ 1,563 bilhão, ante o acumulado de janeiro a setembro de 2014.

Produto de caráter previdenciário, o VGBL continua em pleno crescimento. Até setembro, captou receita de R$ 60,891 bilhões, alta de nada menos que 26% sobre os R$ 48,310 bilhões faturados nos nove primeiros meses de 2014.

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