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Confiança do setor de seguros cai 20% em 2015

QFonte: O Globo

Seguradoras, corretoras e resseguradoras esperam um cenário pior em 2016

RIO - O Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras (ICES) interrompeu, em dezembro, a sua lenta recuperação registrada nos dois meses anteriores, e voltou a cair. Houve uma variação de 71,6 para 69,6 em relação ao mês anterior e bem abaixo dos 86,4 registrados em igual mês de 2014.

Mesmo com expectativa de crescimento de 11%, na análise do ano de 2015, o resultado foi desfavorável, em termos de confiança do setor de seguros. Para a Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor), ainda é difícil dizer algo favorável com relação a esse aspecto, já que os indicadores caíram, em média, 20% em 12 meses. O ICES foi de 86,4 para 69,6, uma queda de 19,5% em 12 meses. Já o ICSS, que mede a confiança global do setor, passou de 82,9 para 67,1, uma variação negativa de 19,1%.

“Em dezembro, houve a mudança de ministro da Fazenda e o Brasil foi mais uma vez rebaixado pelas agências de risco internacionais. Isso naturalmente afetou as expectativas dos agentes econômicos do setor de seguros”, comenta o presidente da Fenacor, Armando Vergilio.

Os percentuais são calculados a partir de pesquisa realizada pela Fenacor com 100 grandes empresas do setor, que optaram por percentuais de 0 a 200 para a confiança na economia, rentabilidade e faturamento. Também foram apurados outros dois indicadores: o ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras), que baixou de 69,1 para 64,4; e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras), que foi de 68,3 para 67,3. 

2016: seguradoras com pouco confiança

Quando questionadas sobre suas expectativas sobre a confiança na economia nacional, 79% das seguradoras; 78% das corretoras e 72% das resseguradoras esperam um cenário de piora. No que diz respeito à rentabilidade dos negócios, as seguradoras se destacam. Sobre este item, 70% delas esperam manutenção para os próximos seis meses. Este percentual pode ser explicado pela alta nas taxas de juros, que aumentam as reservas das empresas. 

Segundo Vergílio, o aumento de juros tem um efeito favorável nas empresas:

“Isso é um aspecto positivo, que evita uma queda maior na rentabilidade”.

Já corretoras são as mais pessimistas: 58% esperam queda. Para resseguradoras, o índice é de 55%. As empresas de resseguros optaram por uma expectativa positiva em relação ao faturamento: 60%. Já seguradoras e corretoras esperam quedas com percentuais de 53% e 58%, respectativamente.

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