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O impacto económico da ausência de seguro

Um custo ou um proveito?

"Mas que necessidade tenho eu de fazer um seguro? Nunca me aconteceu nada e ando nisto há tantos anos que não é agora que vai acontecer..."

Este é o pensamento generalizado da maioria dos empresários quando se trata de seguros facultativos. Quer queiramos quer não, o prémio pago vai ser contabilizado na rubrica dos custos e não dos proveitos. Na minha opinião trata‑se de uma visão completamente distorcida.

Isto porque os seguros fazem parte integrante da vida moderna. Sem seguros grande parte dos sectores da economia não funcionariam. É através das seguradoras que se transferem os riscos económicos, políticos, tecnológicos, demográficos e climatéricos, permitindo às pessoas e às empresas enfrentar o seu dia‑a‑dia sem sobressaltos, focando‑se na inovação e no desenvolvimento.

Através do seguro as pessoas e empresas transformam riscos maiores em riscos menores, ou seja, por um prémio reduzido, comparativamente com o valor em risco, conseguem garantir o seu património e o de terceiros.

Sem seguro, as pessoas e as empresas estariam menos dispostas a criar o seu negócio, pois em caso de acidente seriam inteiramente responsáveis pelas perdas que daí resultassem.

Imaginemos um incêndio que destrói as instalações, ou um veículo da empresa que provoca um sinistro de elevadas proporções. Como fazer face as estes custos financeiros elevados e imprevistos? A ausência de seguro pode fazer a diferença entre continuar a laboração sem dificuldades ou a total inviabilização do negócio.

No entanto, o funcionamento e os benefícios dos seguros nem sempre são bem compreendidos. Quando se faz um seguro estamos a transferir o risco e a limitar as nossas perdas financeiras, ou seja, a limitar as incertezas. Estamos a afastar a possibilidade de um prejuízo maior.

A produção de um evento de qualquer natureza é impensável sem o mesmo estar garantido por uma apólice. Quem "compra" o evento fica mais tranquilo sabendo que se algo correr mal a garantia de eventuais reembolsos vai mesmo acontecer, pois o risco foi transferido para uma seguradora.

Por tudo isto, fica a questão:

O prémio de seguro é um custo ou um proveito?

 

Por António Horta Salvo, director da Bull Insurance
 

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