Breaking News

“O plano de saúde se tornou o segundo sonho do brasileiro, só perde para casa própria.”

Fonte: Correio de Sergipe

Entrevista
Ygor Sydharta, Diretor da Sydharta Seguros.
 
“O plano de saúde se tornou o segundo sonho do brasileiro, só perde para casa própria.”
 
O Brasil vive um cenário em que os serviços públicos são diretamente influenciados pela instabilidade política e econômica por que passa o país. Os serviços públicos de saúde, apesar de terem importância singular, não são ofertados com o grau de eficiência que atenda os anseios da população. Por outro lado, os serviços particulares são extremamente caros. A combinação destes fatores atribui aos Planos de Saúde uma importância significativa na atualidade, estimulando a existência de grande variedade de planos e de modalidades de adesão. Auxiliar as empresas a escolher quais os serviços que melhor se adéquam ao seu perfil de consumo demanda expertise e atualização constante. Com este intuito, Ygor Sydharta se destaca no mercado sergipano como especialista na análise das opções ofertadas pelos variados planos existentes.
 
 
Correio de Sergipe - O que leva uma empresa a fechar um plano de saúde para seus funcionários? Quais os benefícios que esta ação pode trazer a curto, médio e longo prazo?
 
Ygor Sydharta - Um bom relacionamento com sua equipe faz parte da atuação de qualquer sólida empresa. Isso significa reconhecimento dos seus colaboradores como componentes do seu público interno, o que demanda atenção as suas expectativas e cuidado com seu bem estar. Oferecer um plano de saúde para seus colaboradores representa humanização de relacionamento e consolida a força e o respeito da empresa junto às pessoas que ela emprega, proporcionando a retenção dos melhores profissionais do mercado, a diminuição do número de faltas e o aumento da produtividade. Em outros termos, é como se a empresa dissesse ao seu funcionário, de maneira direta: “estamos juntos. Eu me preocupo com você e cuido para que você esteja sempre bem, afinal, você é parte importante do projeto que desenvolvemos aqui”.
 
CS - Qual o papel do corretor no processo de contratação de um Plano de Saúde?
 
YS - O grande diferencial do corretor de seguros ou colaborador de uma corretora é saber identificar a necessidade do cliente, a fim de atendê-la com a customização do serviço oferecido pelos planos de saúde, de acordo com as demandas quantitativa e qualitativa existentes. Durante a vigência do contrato, o corretor também funciona como um elo entre o Plano e a empresa para resolução de quaisquer conflitos ou para sanar qualquer dúvida.
 
 
CS - O que deve ser levado em consideração quando da formatação do plano a ser oferecido?
 
YS - O mercado apresenta varias opções de planos para cada perfil de cliente. Uma única operadora tem produtos que atendem do público de menor poder aquisitivo, com redes próprias e credenciadas reduzidas, até o mais alto perfil de poder aquisitivo, com as melhores redes credenciadas e hospitais do país. Ao formatar o plano a ser oferecido, é preciso pensar em aspectos como o perfil do público que vai utilizar os serviços no seu cotidiano, bem como os riscos e intempéries a que os funcionários da empresa estão expostos durante o desenvolvimento das suas atividades e a área de cobertura do plano a ser trabalhado, para que ele seja devidamente direcionado para um produto local, regional ou nacional. Em algumas atividades, existe a determinação de contratação de planos de saúde, por força de acordo coletivo. Nestes casos, há de se observar os termos do acordo realizado.
A partir destas considerações é possível determinar o produto que melhor atende à demanda de cada empresa. É importante salientar que não existe padrão nesta avaliação e que cada cliente deve ser tratado e pensado como único, a fim de que suas necessidades possam ser atendidas sem restrições.
 
CS – Em que Plano de Saúde Empresarial difere do plano Pessoa Física?
 
YS - O Plano Empresarial conta com carências reduzidas e, acima de 30 vidas, não existem carências. Este benefício é extensivo a todos os funcionários, indistintamente. Existem algumas diferenças em termos de reajustes financeiros. No Plano Individual, o reajuste é determinado pelo Governo, por meio da Agência Nacional de Saúde (ANS). Já no Plano empresarial entre 02 e 29 vidas, para cálculo de reajuste é feita uma média da utilização da massa de todas as empresas (sinistralidade) e acrescido o reajuste determinado pela ANS. Para os planos acima de 30 vidas, a análise de utilização é feita de forma individualizada para composição do cálculo do reajuste. Além destas, é preciso observar a singularidade dos planos empresariais. Enquanto uma adesão individual trabalha com planos formatados, os empresariais permitem customização.
 
 
CS - Para o empresário, existe a obrigatoriedade de cadastrar todos os seus funcionários? A quem cabe o pagamento do plano?
 
YS - Não existe a obrigatoriedade de cadastrar todos os funcionários de uma empresa quando da contratação do Plano de Saúde. Mesmo que um maior número de vidas garanta condições diferenciadas, muitas empresas formatam o plano e a adesão dos seus colaboradores é voluntária. Este é um formato bastante utilizado na atualidade, por meio do qual a empresa cadastra o Plano em seu CNPJ e o colaborador assume responsabilidade pecuniária, recebendo o boleto na sua residência, individualmente. Desta forma, o colaborador tem acesso a um serviço com tarifas reduzidas, por conta da negociação em maior escala e o empresário não assume qualquer responsabilidade financeira pelo benefício ofertado. É possível ainda que para uma mesma empresa sejam ofertados planos diferentes, de modo a atender todos os perfis de público existentes na corporação.
 
 
CS - Quem pode aderir ao Plano Empresarial? É possível que filhos não registrados, enteados, além de outros parentes com informal relação (cônjuge sem união oficializada) possam ser incluídos?
 
YS - Em sua maioria, os Planos permitem adesão de seus titulares com seus cônjuges/conviventes e filhos/enteados. Porém, existem operadoras em que, na adesão ao plano de saúde é possível negociar a adição de agregados ligados aos titulares, a exemplo de irmãos, cunhados, sobrinhos, netos, entre outros, desde que seja comprovado o grau de parentesco, através da documentação oficial.
 
CS - Num cenário em que há uma insatisfação generalizada a respeito do atendimento prestado por planos de saúde, ainda é uma boa alternativa?
 
YS - Ao observar a realidade social do país, é possível constatar que o plano de saúde se tornou o segundo sonho do brasileiro, só perde para casa própria. Não ter plano de saúde vigente é comparado a colocar a vida em risco. Particularmente, não consigo entender como tem pessoas que, ao comprar um veiculo, não desfrutam do carro até fazer o seguro e, indo de encontro a este raciocínio, não fazem um plano de saúde. O atendimento hospitalar, de que todos podemos precisar, a qualquer momento, é muito caro. Para que se tenha uma ideia de valores trabalhados, uma diária em UTI custa, em média, R$8.000,00 (Oito mil reais). Isso, sem avaliar a necessidade rotineira que temos de atendimentos das mais diversas especialidades. Os Planos de Saúde têm suas limitações. No entanto, permitem o acesso ao atendimento médico/hospitalar em melhor qualidade e acessibilidade que o serviço público, fato reconhecido pela população.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario