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Cremesp apura participação de médico em golpe do seguro em São Carlos, SP

Fonte: G1

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou nesta sexta-feira (2) que instaurou uma sindicância para apurar a participação do médico Hugo Gusmão no golpe contra seguradoras investigado pela polícia de São Carlos.

De acordo com a investigação, ele assinou um atestado de óbito falso em nome da ex-moradora de rua Cristiane da Silva, usada no esquema avaliado em R$ 1,4 milhão e constatado após a retirada de um caixão vazio do cemitéio da cidade.

Se for constatada conduta antiética, o médico pode sofrer sanções que vão de uma advertência à cassação do registro.

Segundo o Cremesp, a sindicância leva de seis meses a dois anos para ser concluída e envolve coleta de provas, manifestação escrita e audiência com os envolvidos. Se nessa etapa não houver indícios de irregularidade, a denúncia é arquivada. Já se for constatado o descumprimento de algum artigo do Código de Ética Médica, é instaurado um processo ético-profissional.

Ao fim do trâmite, se ficar provada a culpa, o órgão pode penalizar o investigado com advertências, censura, suspensão do exercício profissional por até 30 dias e, em último caso, cassação do exercício profissional, que deve ser referendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).


Ainda de acordo com o Cremesp, as sindicâncias e processos tramitam em sigilo e, até o momento, Gusmão não possui nenhuma pena pública.

Fraude

Segundo a investigação, os suspeitos usaram os documentos de Cristiane e simularam sua morte para conseguir o dinheiro de cinco apólices de quatro seguradoras. O líder do esquema seria um ex-agente funerário de 47 anos, que teria contado com a ajuda do genro, ex-funcionário de uma seguradora, e sua filha, uma dona de casa de 24 anos que seria a beneficiária dos seguros.

O médico, que prestava serviços em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Carlos e é genro do ex-agente, teria expedido a falsa declaração de óbito oficial. Ele foi procurado pelo G1 e pela reportagem da EPTV, mas não atendeu as ligações

"O que está sendo feito é uma diligência que vai acabar instruindo o inquérito policial. Eu não posso dar detalhes de mais nada porque o inquérito está na fase de investigação, ainda está em uma fase probatória, muitas peças ainda vão precisar ser juntadas neste inquérito e o importante é que todos os envolvidos estão plenamente empenhados em esclarecer isso da melhor forma possível”, disse o advogado dos suspeitos, João Carlos Cazu, quando a fraude foi descoberta

Os suspeitos devem ser ouvidos pela polícia nos próximos dias e podem ser indiciados pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.

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