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Empresa de proteção veicular é fechada em BH acusada de diversos crimes

Fonte: Estado de Minas

Operação da Polícia Civil realizada nesta manhã na sede da empresa, em Contagem, terminou com computadores e documentos apreendidos


Uma associação que comercializa seguros para veículos em Minas Gerais e em outros estados foi alvo de uma operação da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira.

A APM Proteção de Motos e Veículos, com sede no Bairro Industrial, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, é suspeita de adulterar os chassis de veículos e de não dar baixa na documentação de carros em situação de perda total no sistema do Detran. A associação também é suspeita de sonegar impostos e de lavagem de dinheiro.

De acordo com a Polícia Civil, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do proprietário e de um funcionário da associação de seguros, onde foram apreendidas duas armas de fogo e diversos documentos. Na sede da empresa, a corporação também apreendeu documentos, além de computadores que estavam nos escritórios, o que resultou no fechamento da empresa nesta quarta-feira.

Ainda segundo a PC, os veículos que pertenciam aos clientes da APM e que estavam em estado de perda total, não eram enviados ao leilão de sucatas do Detran e permaneciam com a documentação ativa. A corporação também informou que há a suspeita de utilização do número de chassi dos carros em condições de sinistro em outros veículos. Os proprietários da empresa também são suspeitos de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, de acordo com a PC.

O proprietário e o funcionário da APM, que foram alvos dos mandados de busca e apreensão, foram autuados por porte ilegal de armas e foram conduzidos para prestar depoimento. Os homens, no entanto, devem ser liberados até o final do dia, mediante pagamento de fiança no valor de R$15 mil para o proprietário da associação e de R$10mil para o funcionário. Outros funcionários da empresa também foram ouvidos.

Armas foram apreendidas na casa do proprietário e de um funcionário da empresa - Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Conforme informado pela Polícia Civil, a APM é a associação de seguro veicular mais forte do Brasil e que possui mais de 30 mil clientes ativos. A reportagem do em.com.br entrou em contato com a empresa, que não atendeu aos telefonemas.

Impedida de atuar desde maio de 2017

A APM Proteção de Motos e Veículos estava impedida de comercializar e cobrar seguros, além de veicular publicidades afim de angariar novos clientes desde o dia 30 de maio de 2017, quando foi condenada pela Justiça Federal, em um processo aberto pelo Ministério Público de Minas Gerais e conduzido pelo órgão Federal.

A sentença ainda previa multa de R$2mil reais caso a empresa descumprisse o previsto no veredito e responsabilização aos quatro proprietários da APM.

À época do julgamento, a defesa da associação chegou a alegar que a relação com os associados não era de comercialização de seguro veicular, mas tratava-se de "repartição de custos e reunião de contribuições comuns para custeio de consertos e recomposição de veículos de associados que tenham sofrido danos."

O juiz William Ken Aoki, no entanto, desconsiderou a alegação da defesa e dizendo que "não importa o nome que se dê ao produto oferecido pela Associação Ré. Sua natureza jurídica é de um típico contrato de seguro, tal como disciplinado no artigo 757 do Código Civil (2003), por meio do qual o segurador se obriga, mediante pagamento do prêmio, a garantir a coisa do segurado, contra riscos predeterminados".

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