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IRB negocia oferta de ações e parceria com resseguradora global

Fonte: Valor Econômico

Por Lucas Marchesini | De Brasília

Ao mesmo tempo que se prepara para lançar a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na sexta-feira, a resseguradora IRB vem negociando uma parceria estratégica com uma companhia global que atua no setor de resseguros e conta com um modelo similar ao da empresa no Brasil, apurou o Valor.

A ideia é que essa resseguradora estrangeira adquira o controle da empresa após o IPO, quando haverá uma referência de preço dada pelo mercado, o que tende a facilitar a transação por parte da União.

O IRB desperta a atenção principalmente de resseguradoras que ainda não estão no Brasil.


Nesse caso, a discussão se limitaria ao prêmio de controle que será pago sobre o preço da ação em bolsa. Como o IRB deve ser listado no segmento máximo de governança corporativa da B3, todos os futuros acionistas da companhia têm direito ao prêmio. As conversas entre o IRB e esse investidor estratégico ainda estão em estágio inicial.

O principal sócio da resseguradora é o governo federal, com 27,44%, seguido pela BB Seguros Participações (20,43%), Bradesco Seguros (20,43%), Itaú Seguros (14,94%) e o fundo Caixa Barcelona (9,85%), veículos de fundações como Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal).

Todos esses cinco acionistas fazem parte do bloco de controle do IRB e continuarão sendo depois do IPO, segundo informações do prospecto preliminar. Esse acordo dá direito ao grupo de indicar a maioria dos integrantes do conselho de administração, decidir parcerias e reorganizações societárias.

A reunião do conselho da resseguradora realizada na noite de segunda-feira, conforme noticiou o Valor, terminou sem definição sobre os rumos da oferta. A incerteza se deve ao fato de as estimativas de preço para a empresa trazidas pelos bancos de investimento depois de sondagens com investidores não terem alcançado o patamar que os acionistas do IRB desejam.

No início do processo, ele chegou a ser calculado em R$ 11 bilhões, mas estimativas mais recentes apontam para um valor entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões. Não existe disposição dos acionistas em fixar um preço abaixo do piso estimado de R$ 9 bilhões.

Para que as ofertas de ações sejam realizadas com as demonstrações financeiras do primeiro trimestre, o preço dos papéis deve ser fixado até o fim de julho, conforme determinação da CVM. Por isso, os acionistas da resseguradora correm contra o relógio para que a abertura de capital seja anunciada na sexta-feira. Do contrário, uma oferta só seria possível em setembro, depois das férias de verão no hemisfério norte. (Colaborou Daniela Meibak, de São Paulo)

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