Breaking News

KPMG: mercado de seguro automóvel pode reduzir 70% até 2050

Fonte: Insurance Jounal

Veiculos autônomos, o crescimento de transporte on-demand e a mudança na responsabilização dos motoristas para os fabricantes fará encolher o setor de seguro automóvel em mais de 70% ou $ 137 bilhões de dólares, até 2050, conforme estudo atualizado da KPMG.

Em 2015, o estudo da KPMG dizia que o mercado iria encolher 60% até 2040.

A KPMG estendeu seu modelo atuarial em 10 anos, para 2050, e identificou que o passo das mudanças tem acelerado, afetando projeções que apontam um maior declínio para o setor do que o estudo anterior, de 2015.

O estudo atualizado,"O meio caotico: o veículo autônomo e a disrupção no seguro automóvel", também mostra um aumento da necessidade de novos tipos de produtos de seguro.

A KPMG acredita que o modelo do tradicional seguro automóvel está ameaçado de obsolescência com as montadoras cobrindo o risco de condução.

Chris Nyce, da KPMG diz que as mais recentes observações do modelo atuarial "projetam um grande declínio no número de acidentes de automóvel."

A KPMG vê uma redução de 90% na frequência de sinistros até 2050. O declínio da gravidade dos sinistros e o efeitos da mobilidade com transporte on-demand diminuirá o mercado em 71% ou $ 137 bilhões de dólares, o maior efeito será sentido pelas seguradoras de auto de uso particular- em 2050 apenas 22% serão de automóvel pessoal.

Em compensação, o custo médio de reparação prosseguirá aumentando em taxas superiores a inflação global, com o uso de novas tecnologias. "No futuro os carros terão um custo de reparação mais caro", diz Nyce.

Conforme a consultoria, três principais forças irão afetar os atuais $ 247 bilhões de dólares em prêmios do mercado de seguro automóvel:

- A tecnologia está criando carros cada vez mais seguros, com um potencial de redução de 90% na freqüência de acidentes até 2050.

- Os fabricantes de automóvel irão assumir o risco de condução e com isso a responsabilidade, tendo oportunidade para fornecer seguro para os carros, disputando o mercado fora das seguradoras tradicionais. A KPMG estima que até 2050 haverá um significativo aumento em produtos de seguro de responsabilidade, 57% do total dos sinistros de automóvel serão para cobertura da tecnologia autônoma em veículos, e uma considerável diminuição em seguro de automóveis pessoais para 22% do total.

- A rápida adoção da mobilidade on-demand está rapidamente diminuindo a necessidade para cobertura de automóveis pessoais, com o uso de frotas exigindo seguro de auto comerciais.

Entre agora e 2019, os consumidores começarão a experimentar as vantagens da segurança de novas tecnologias e atitudes, como a aceitação de veículo de condução autônoma, segundo a KPMG. Os primeiros carros autônomos estão nas estradas. O transporte on-demand e os carros compartilhados prosseguirão a se expandir. Em 2024, a maioria das viagens dentro das cidades e em torno dos subúrbios será on-demand em vez de com um veículo pessoal, e em 2035 o transporte on-demand será o habitual, conforme projeções da KPMG. Como resultado, produtos de cobertura de responsabilidade e outros novos tipos de seguro são esperados para pagar reivindicações resultantes de acidentes nas estradas.

A KPMG diz que o risco cibernético é um exemplo de um novo tipo de risco associado com a era de carros autônomos, e haverá necessidade de novos produtos para cobertura de potenciais ataques por hacker em veiculos autônomos.

As tendências vistas pela KPMG estão em linha com um relatório da Allianz Global Corporate & Specialty sobre o efeito da tecnologia no seguro. O relatório aponta que os carros autônomos reduzirão as taxas de acidentes, transferirão a responsabilidade de motoristas para os fabricantes e uma queda na venda de automóveis, carros compartilhados e táxis sem motorista.

Todo esse cenário do seguro automóvel farão com que as empresas mudem para sobreviver, conforme o estudo. O tempo para seguradoras agirem é agora, diz a KPMG.

"Seguradoras tem que fazer importantes mudanças estratégicas e táticas mais cedo do que o previsto para navegar através dessas turbulentas transformações da indústria," diz Jerry Albright, da KPMG.

Entretanto, estes novos modelos de negócios "trarão em uma década, mais ou menos, um 'caótico meio' para as seguradoras ajustarem suas estratégias e operações com as tecnologias de veículos autônomos significativamente esvaziando a necessidade de seguros de automóvel particulares".

As seguradoras variam seus níveis de prevenção para esta ruptura, mas muitas têm tomado apenas ações limitadas para encarar este desafio, conforme Joe Schneider, diretor de gestão de dinâmicas corporativas da KPMG. "Como resultado, as seguradoras de automóvel vão investir em outros ramos, ou outras coberturas comerciais, apostando na diversificação," aconselha.

A indústria de seguro automóvel está mais perturbada com a onda de "dinheiro inteligente" gerado por um variedade de fontes, incluindo empresas de venture capital. "A infusão de capital está impulsionando o desenvolvimento de capacidades autônomas e modelos relacionados, acelerando o passo em que os veículos automatizados irão chegar ao mercado," completa Schneider.

A KPMG vê ampla aceitação da condução autônoma, apesar de recente pesquisa apontar que humanos são relutantes para dar o controle para robôs. A American Automobile Association afirma que mais de 75% dos americanos tem medo de passeio em um carro autônomo. O estudo mostrou que quase toda geração está temerosa.

A gigante Uber espera perturbar a indústria de transporte de carga e serviços de logística mas o progresso tem sido lento.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario